A nova classificação dos hospitais de Santa Catarina, que colocou o Hospital São José (HSJ) como de porte 4 - o que na prática fará reduzir em R$ 150 mil ao mês o repasse recebido pelo Governo do Estado - é uma "injustiça". O termo foi mencionado pelo secretário da Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande. "Por um ponto na classificação feita pelo Estado, a diferença entre os hospitais ficou em R$ 1 milhão", afirmou, citando o caso do Hospital Nossa Senhora da Conceição, de Tubarão. "O HSJ receberá R$ 1 milhão a menos por causa de 1 ponto na classificação", mencionou, referindo a nova Política Hospitalar Catarinense que entra em vigor em janeiro do ano que vem.
"Essa questão da pontuação. Quando colocamos injustiça, é que entendemos que por 1 ponto de avaliação não pode ter diferença de R$ 1 milhão por mês", reforçou Casagrande, que entende haver chance de revisão do processo ainda neste ano. "Essa avaliação deverá ser feita. Eu acho muito difícil que façam agora. Se o governo sinalizar rever esses critérios com as federações hospitalares, tudo é possível, reverter esse ano. Mas tem que analisar e rever os critérios de pontuação. Acho que é possível sim, diante de uma articulação política, diante dos deputados, do Governo do Estado, tem como mudar sim", completou.
O secretário de Estado da Saúde, Helton Zeferino, admitiu a possibilidade de rever os critérios, mas somente no ano que vem. "Está previsto que no fim do primeiro semestre de 2020 os critérios poderão ser revistos sim", apontou. Enquanto isso, o HSJ deverá manter seus serviços com o repasse de R$ 1 milhão ao mês pelo governo catarinense, e não R$ 1,125 milhão como ocorre até o fim deste ano.
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