Em tempo de dólar em alta, as exportações tornam-se ainda mais atrativas, mas qual caminho o empresário deve seguir para expandir suas vendas ao exterior? Como saber se o seu produto poderá ser bem aceito no mercado externo ou quais países são potenciais compradores? E mesmo, qual a demanda atual?
Para dirimir dúvidas como essas e muitas outras que rondam a classe empresarial, facilitando a tomada de decisões estratégicas e o desenvolvimento dos negócios catarinenses, a Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) oferece uma importante ferramenta: o Observatório da Indústria.
O serviço é gratuito e está disponível na internet, proporcionando agilidade e segurança no acesso a um amplo banco de dados, atualizado diariamente, no qual é possível estudar diferentes cenários e projetar as próximas ações.
Reconhecendo a relevância da ferramenta, a Acic foi a primeira Associação Empresarial do Estado a firmar parceria com a Fiesc e, assim, manter em seu site um link que leva à página do Observatório da Indústria.
"A Acic e a Fiesc são parceiras em prol de ações e movimentos que promovam o desenvolvimento da região Sul e a análise de dados é uma delas. Contar com panoramas e cenários econômicos contribui de forma decisiva para a tomada de decisão dos empresários em seus negócios. A carta de conjuntura econômica da Facisc também tem sido uma importante ferramenta aos empresários. A associação estará atuando fortemente neste ano para que a classe empresarial esteja abastecida com o maior número de informações possível", ressalta o presidente da Acic, Moacir Dagostin.
"A Fiesc foi muito feliz em criar essa ferramenta, que tem causado um impacto positivo dentro e fora do Estado, dando o suporte aos empresários com informações atualizadas e sendo melhorada constantemente. O Observatório hoje é de vital importância para tirar dúvidas e orientar as decisões, não só dos empresários da indústria, como também do comércio e de serviços", avalia o vice-presidente da Regional Sul da Fiesc, Diomicio Vidal.
Informações diversificadas
Entre as informações disponibilizadas nesse panorama econômico do Estado estão dados sobre a balança comercial, divulgados pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e compilados pelo Observatório da Indústria. Além de consultar o volume de importações e exportações, bem como o saldo da balança comercial e sua variação em relação ao período anterior, o usuário encontra a lista dos produtos mais importados e exportados e a participação de cada setor.
Essa consulta envolve não só os dados gerais de Santa Catarina, como pode ser realizada por região e por município. Ainda é possível fazer um comparativo com os anos anteriores, conhecer os principais países vendedores e compradores.
Números
Os números mostram que, de janeiro a dezembro de 2019, Santa Catarina negociou um volume de US$ 8.848.631.058 em exportações, o que representa queda de 4,65% em comparação com o mesmo período do ano anterior. As carnes de aves e suína continuam no topo da lista dos itens mais exportados, fazendo com que os setores agroalimentar (38%) e agropecuário (13%) figurem como os principais exportadores. Os principais compradores de produtos catarinenses são China, Estados Unidos, Japão, Argentina e México.
Dentro do valor negociado, a região Sul foi responsável por US$ 358.781.464, uma queda de 18,4% no comparativo com 2018. Os principais produtos exportados por empresas sul-catarinenses foram cerâmica não vitrificada, carnes de aves, tabaco não manufaturado, pigmentos e mel. Os setores com maior volume negociado foram o agropecuário (27%), o cerâmico (23%) e o agroalimentar (22%). Como principais compradores estiveram Estados Unidos, China, Argentina, Paraguai e Bolívia.
Dos quase US$ 359 milhões da região, Criciúma participou com US$ 79.560.823, exportando principalmente cerâmica não vitrificada, outras máquinas agrícolas, madeira em forma, construções pré-fabricadas (que alcançaram alta de 288%) e obras de fibrocimento (alta de 97%). Mas o maior valor foi negociado pelo setor cerâmico (61%), tendo os bens de capital na segunda colocação, com 18% do total. Os produtos foram exportados principalmente para Estados Unidos, Argentina, Peru, Paraguai e Bolívia.