Na quarta-feira (7) aconteceu uma ação proposta pela Bancada Feminina da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), realizada na Comissão de Direitos Humanos, para discutir políticas públicas que visam ampliar a Lei Maria da Penha. Nesta sexta (8), no Dia Internacional da Mulher, a deputada Paulinha (PDT) falou sobre a importância dessas medidas, que incluem ter mulheres para atenderem estas denúncias. Ela comentou sobre uma das proposições.
“Prevê que em todas as delegacias a denúncia de ato violento possa ser recebida por uma mulher. Eu estou há mais de 20 anos na vida pública, mas não sabia o que era isso. Por melhor que seja o homem, com a mulher é completamente diferente, para uma mulher denunciar ela deve ter vencido várias lutas contra ela mesmo, então ser acolhida por outra mulher é completamente diferente”, disse.
De acordo com a deputada Paulinha, a sociedade ainda não está totalmente preparada para a inserção das mulheres. Lembrou que muitas vezes as mulheres ainda são tratadas como objetos, e que devem ser mais respeitadas. Citou que na Alesc o tratamento é adequado, mas no restante da sociedade não é bem assim.
“A nossa maior dificuldade eu entendo que é sensibilizar as pessoas para essa causa. Ao meu ver o feminismo nada mais é do que buscar direitos iguais para homens e mulheres, a mulher ainda é muito subjugada e isso aconteceu comigo por uma escolha de roupa. A gente tem que superar questões que nem eram para ser mais discutidas na sociedade”, comentou.
Confira a entrevista na íntegra: