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Paulo Pelaipe: "vamos lutar pela vitória do primeiro ao último minuto"

Diretor de futebol do Botafogo de Ribeirão Preto concedeu entrevista exclusiva ao Portal 4oito

Por Heitor Araujo Criciúma, SC, 10/09/2021 - 17:40 Atualizado em 10/09/2021 - 17:44
Foto: Divulgação
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A partida deste sábado, 11, contra o Tigre define o futuro do Botafogo de Ribeirão Preto na Série C. Uma derrota elimina o clube paulista, enquanto um empate mantém as chances remotas de classificação à segunda fase. Para o diretor de futebol do Botafogo, Paulo Pelaipe, apenas a vitória interessa.

O experiente dirigente, ex-Grêmio e Flamengo, está no Botafogo desde o começo do ano. Pelaipe concedeu entrevista exclusiva ao Portal 4oito e falou sobre a importância da partida contra o Tigre, válida pela 16ª rodada da Série C.

Pelaipe também explicou o modelo de gestão do Botafogo, uma Sociedade Anônima com investimentos fortes na melhoria estrutural do estádio e nas categorias de base, e se esquivou sobre o jogo polêmico contra o Mirassol, no qual a transmissão flagrou o técnico Argel Fuchs mandando o time recuar, mesmo atrás no marcador.

- O time vem de quatro jogos sem vencer e precisa da vitória. Qual a expecativa para o confronto?

"É um jogo difícil. Fizemos um bom primeiro turno, mas tivemos algumas dificuldades no segundo. Muitos problemas lesões, dois atletas com lesão no ligamento cruzado, para a cirurgia. O Botafogo fez uma reformulação muito grande. Temos 23 jogadores oriundos da base, na faixa de 17 a 20 anos. 

Está dentro do nosso projeto, de valorização de jogadores da base. É um clube SA (Sociedade Anônima) e os investidores tem um projeto de nos próximos cinco anos colocar o Botafogo entre os grandes do futebol brasileiro. 

Vamos enfrentar uma equipe importante da chave. O jogo tem esse caráter decisivo, para nós só interessa a vitória. Vamos jogar tudo ou nada. Vamos jogar pela vitória desde o primeiro minuto até o último. Respeitamos o Criciúma, mas não tem outra alternativa"

- Como é o modelo de gestão do Botafogo?

"É uma gestão vinculada ao clube. O investidor manda, o clube tem um presidente e quem comanda é o investidor com o diretor de futebol. A SA tem sete membros, onde o Botafogo Futebol Clube tem três representantes, mas as decisões de comando são do investidor, é um contrato de 99 anos.

O Adalberto Batista, o investidor, é uma pessoa experiente, já foi vice-presidente de marketing e de futebol do São Paulo. Ele resolveu fazer esse investimento no Botafogo, são mais de R$ 25 milhões no clube, 36 suítes, 39 camarotes e 10 mil cadeiras. Temos shows, restaurantes...

Com a abertura a partir de novembro, tem 16 shows programados dentro do estádio, com capacidade para 17 mil sem utilizar o gramado, e usando o gramado, até 40 mil pessoas. É um projeto ambicioso, forte. Em dezembro vamos inaugurar um hotel dentro do clube, para concentração do nosso plantel profissional e também para receber atletas da base, um investimento de quase R$ 2 milhões, com recursos próprios do investidor".

- A ideia é cuidar da estrutura e transformar o Botafogo sustentável para dar frutos no futebol?

"O Botafogo já é um clube sustentável. Tem os salários em dia, a situação financeira está dentro de um planejamento, não saímos desse orçamento, não fazemos loucura. Não é em função de atingir uma classificação momentânea que vamos dar o passo maior que as pernas. 

Caminhamos com os pés no chão, honrando e cumprindo os nossos compromissos. Temos a cota do Paulistão e, se nesse ano não conseguirmos o nosso objetivo que é voltar para a Série B, no ano que vem vamos trabalhar mais, tentar melhorar. 

Ainda temos esperanças, temos um adversário que foi muito mal no primeiro semestre, sendo até rebaixado no Catarinense, uma coisa inacreditável, pela pujança e força do Criciúma. Acidentes que acontecem no futebol, mas a gente vê que dentro de campo o Criciúma está recuperado, montou uma equipe forte e o Paulo Baier vem fazendo um excelente trabalho. Temos a árdua missão de conquistar a vitória"

- Quanto está a folha e o investimento mensal do futebol no Botafogo?

"Esses números colocamos no nosso balanço mensal, que é obrigatório, são de economia interna do clube. São obrigatórios serem revelados no momento oportuno, mas é uma folha enxuta. Talvez quinta ou sexta folha, pelo que a gente ouve, mas não é das primeiras folhas das equipes que disputam essa competição no Grupo B".

- E a importância do Walter pro time, um jogador de destaque na Europa. Que diferença faz um jogador desse porte na Série C?

"É um jogador experiente, uma pessoa muito boa de convívio diário, muito bom caráter. É um jogador qualificado, mas ninguém faz nada sozinho. Uma andorinha não faz verão. O Walter é excelente, de muito boa qualidade, mas precisa dos seus companheiros para conseguir produzir".

- No jogo contra o Mirassol, mesmo perdendo, o Botafogo tava com o time muito recuado e o Argel pedindo para os jogadores recuarem. Depois disso o time não venceu mais, como foi gerenciar isso?

"Eu estava no jogo e não vi nada disso. Desconheço esse assunto, no Botafogo esse assunto nunca circulou. Tivemos um enfrentamento duro contra o Mirasso, aos 43 minutos perdemos um gol incrível e depois tivemos outra chance para empatar o jogo. Vi uma equipe que se defendeu com um a menos, qualquer equipe quando perde um jogador faz duas linhas de quatro e deixa um na frente"

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