A Via Rápida, que tem 12,7 quilômetros de extensão, inicia na região do bairro Próspera, em Criciúma, com dois acessos no perímetro urbano e segue por 10 quilômetros até a BR-101, passando pelo município de Içara. A obra foi inaugurada em dezembro de 2017 e o investimento superior a R$ 150 milhões. Prestes a completar três anos a rodovia ainda aguarda a ocupação dos terrenos no seu entorno , seja por empresas ou condomínios residenciais.
Mas antes de projetar a finalidade das áreas mapeadas, uma série de processos burocráticos devem ser ultrapassados. O primeiro dele é fazer a solicitação para uso da faixa de domínio, por meio da secretário de estado do Infraestrutura e Mobilidade. São cinco etapas inciando pelo cadastramento da solicitação devendo constar o tipo de ocupação e a sua localização, bem como informações sobre o interessado. A segunda etapa é a análise da solicitação, seguida pelo atestado de viabilidade, aprovação do projeto e por fim autorização do uso.
O município de Criciúma já está mapeando as áreas que terão destinação mista ao longo do trecho que fica na cidade. "Hoje já há casas em algumas regiões e não adianta mudarmos o tipo de ocupação. Estamos vendo as demais áreas e apontando quais serão industriais e quais serão condominiais", afirma Claiton Pacheco, diretor de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação de Criciúma.
Mas para que tudo saia do papel outro entrave diz respeito a necessidade de mais obras públicas. "Sem as vias marginais não é possível fazer a ocupação das áreas. Isso não seria nada coerente. Ganhamos uma via rápida e o acesso de veículos pesados diretamente nela incorreria em risco de acidentes e lentidão", destaca Claiton.
O mesmo entendimento de Claiton tem o secretário de Desenvolvimento econômico de Içara, Paulo Brígido. A cidade detém o maior trecho da rodovia, cerca de 65%. "Teremos que adequar a via. Digo isso pois não é permitido acesso direto por parte de veículos pesados. Tem que fazer estradas marginais. Esse seria o melhor caminho. Mas para esse ano não é mais possível fazer isso", comenta.
No lado de Criciúma mais investimentos pela frente. "Todos os terrenos são particulares, não tendo nada da prefeitura. Essa é outra questão que teremos que ver", adianta Claiton. Uma coisa é certa. Tanto em Içara quando em Criciúma a procura por parte de empresas que querem ocupar a área já é grande, mas nem um acordo pode ser feito ou garantido antes de ultrapassar a barreiras burocráticas.