Considerado por muitos um jogo de azar, o poker é um esporte profissional. O Programa do Avesso, da Rádio Som Maior, recebeu os jogadores Rodrigo Muniz, Maycon Rosso e Viviane Blasius para uma conversa sobre regras, apostas e blefe. Um dos próximos passos é tornar o poker um esporte olímpico, sendo que já é considerado o terceiro que mais cresce no mundo, segundo os convidados.
Muniz é gaúcho e proprietário do King’s Poker Bar, em Criciúma, que completa um ano em julho. O local recebe em média 20 jogadores por dia. “Faz parte, mas ao mesmo tempo é um público especifico. Tem uns caras que vão lá e bebem e ficam mais alegres, então pedimos para não exagerar. Já teve casos de caras vindo da balada querendo jogar e não aceitei”, contou.
O baralho é trocado constantemente, para que as cartas não fiquem marcadas. Viviane é fisioterapeuta e joga poker há 11 anos, tendo participado de diversos torneios. Ela afirma que é fundamental ter auto controle. “Não tem como sair da gente o nervosismo de ganhar dinheiro. O profissional tá ali para lucrar, para ganhar, por isso óculos escuro e cachecol, explicou.
A jogadora afirmou que é mais fácil perceber se uma mulher está com um jogo bom ou ruim em comparação aos homens, por serem mais delicadas, já eles utilizam melhor o blefe. Quando se fala em jogos de cartas o vício é um dos temas principais, Viviane falou sobre isso.
“O vício é chamado de jogo patológico. Tem a fase do tô ganhando e quero cada vez mais, tem a perda, que é um otimismo achando que vai recuperar e o terceiro, que é desespero, ai perde carro, casa”, completou a jogadora.
O King’s Poker Bar já pagou premiações de até R$ 4 mil em torneios. Algumas disputas podem levar dias, sendo interrompido para descanso e retornando depois. Para se dar bem é necessário jogar, assim que se aprende, garante Maycon Rosso.
“Tem que estudar as regras básicas e entender as mãos vencedoras. Depois vai no free ball, e começa a jogar nas mesas pagas. Não adianta só o estudo, precisa ter a prática”, destacou.