O envenenamento de nove cães no Distrito de Rio Maina desde a última semana, que causou a morte de sete dos animais afetados, está sendo investigado pela equipe da 2ª Delegacia de Polícia Civil de Criciúma. Do total, quatro cachorros foram envenenados no fim de março e cinco no início de abril.
Conforme o delegado da 2ª DP, Ari José Soto Riva, a delegacia já possui um registro do ocorrido na semana passada, que está sob investigação. “Se for conduta reiterada, as penas podem somar, por isso pedimos que nos avisem de novos casos. O Boletim de Ocorrência pode ser feito de forma online e, depois, a pessoa só deve nos informar que a situação é semelhante, que a gente passa a checar.
O crime em questão está descrito no artigo 32 da Lei nº 9.605, que trata da prática de “ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. A pena em uma eventual condenação é de detenção de três meses a um ano, e multa.
“Nessa situação, a gente tem tido dificuldade de identificar os causadores, porque as pessoas não querem falar e os autores normalmente agem durante a noite, jogando o produto envenenado onde há animais. Por isso, solicitamos que as pessoas denunciem quando perceberem alguma movimentação suspeita”, ressalta a autoridade policial.
Informações podem ser repassadas pelo Disque Denúncia, no 181, ou para a 2ª DP de Criciúma, em horário comercial, por meio do (48) 3438-2190.
Moradores apreensivos
Dos nove cães envenenados, sete eram de rua e dois possuíam donos. Um deles chegou a ingerir o veneno dentro do pátio da própria casa. Para a advogada Gisele De Souza Abel, que faz parte do Grupo de Advogados Protetores de Animais da OAB Criciúma, além de participar, também, do grupo “Junto pelos Animais – Rio Maina”, os moradores do distrito estão ficando apreensivos com a situação.
“Sempre houve muito abandono de animais no Rio Maina e agora, com essa situação, todo mundo está bastante triste, porque teve gente que chegou a encontrar os cachorros agonizando, antes de morrerem. Os animais não fazem mal pra ninguém e existem muitos cães de rua que a gente cuida, por isso estamos preocupados”, argumenta.