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Por necessidade de melhorias, não há interessados na concessão do Aeroporto de Jaguaruna

Informação foi dada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Estener Soratto Júnior

Por Stefanie Machado Jaguaruna, SC, 07/02/2023 - 08:52
Foto: Arquivo/4oito
Foto: Arquivo/4oito

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Na última semana de seu mandato, o ex-governador Carlos Moisés da Silva autorizou a concessão do Aeroporto Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna. No entanto, não há interessados em administrar o local enquanto não forem feitas melhorias. A informação foi repassada pelo secretário-chefe da Casa Civil, Estener Soratto Júnior.

"O ex-governador fez um decreto numa folha de papel dizendo que estaria fazendo a concessão do Aeroporto de Jaguaruna à iniciativa privada. A verdade é que o estudo feito apontou que não havia interessados nessa concessão se não fossem feitas algumas melhorias no aeroporto", destacou. 

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Neste cenário, a primeira necessidade é o alargamento da pista, em que já existe um projeto de engenharia pronto e agora falta conseguir recursos para fazê-lo. No processo, a largura da pista passaria de 30 para 45 metros. O custo da obra gira em torno de R$ 23 milhões

"O outro investimento apontado necessário é a reforma e a ampliação do terminal. Quem passa por lá pode confirmar que o aeroporto está sucateado, está sem escada rolante, sem elevador, a esteira de bagagem não funciona, o ar-condicionado volta e meia pifa. Estamos em uma situação bastante calamitosa", enfatizou. 

Para a reforma, ainda não há um projeto pronto, no entanto, um levantamento apontou a necessidade de um investimento superior a R$ 60 milhões. "Precisamos preparar o aeroporto para daí sim lançar o edital de concessão e achar interessados para que a iniciativa privada possa tocar", reforçou. 

Por esses motivos, o primeiro passo seria a realização dessas melhorias a fim de tornar o aeroporto mais atrativo para a iniciativa privada. De acordo com o secretário-chefe, o governador Jorginho Mello já tem sinalizado a forma que irá tratar de aeroportos, portos e ferrovias em Santa Catarina. Para isso, está sendo criada uma secretaria estratégica específica para a finalidade. 

"A mesma empresa [que fez o estudo] também identificou que há a necessidade, para haver um ponto de equilíbrio e sair da situação deficitária que vive hoje, o aeroporto precisa de quatro voos diários. Hoje, o Governo do Estado aporta em torno de R$ 300 mil por mês e o aeroporto arrecada com tarifas de embarque e desembarque R$ 60 mil por mês", informou o Soratto.

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