Os números mostram que em campo o Fortaleza teve um volume maior de jogo. A posse de bola foi de 72% para os cearenses enquanto a do Criciúma foi de apenas 28%. Com a maior parte do tempo com a bola no pé, consequentemente, foi o Leão quem criou mais chances. Ao todo, o time comandado por Rogério Ceni finalizou 15 vezes, mas apenas quatro no gol e não conseguiu balançar a rede. Por outro lado, o Tigre chutou apenas quatro vezes ao gol e duas foram no alvo, resultando nos dois gols.
“Foi o jogo que mais tivemos espaços pra criar. Só que não tivemos capacidade de empurrar uma bola pra dentro”, resumiu Ceni. Mas se o Fortaleza não conseguiu finalizar bem, foi porque a defesa do Criciúma fez boa partida, forçando o adversário a arriscar alguns chutes difíceis. A dupla de zagueiro do tricolor carvoeiro, Nino e Sandro, somada, fez 21 cortes de jogadas do adversário.
“Fizemos um grande jogo. Preenchemos muito bem os espaços, rapaziada está de parabéns. Perfeito taticamente”, exaltou Mazola. “Recuperamos o Sandro, Fábio Ferreira está voltando. O Jacy está em ótimo momento. Nessa posição estamos bem servidos”, completou treinador sobre a zaga.
Desta vez, um ataque competente
Se em jogos anteriores o técnico do Tigre apontou algumas deficiências do time, principalmente na finalização, desta vez, mesmo tendo poucas chances, Mazola enalteceu o setor de ataque. “Fomos merecedores da vitória por sermos competentes nas finalizações”, acrescentou Mazola.
Ao fim da partida, o jogador Zé Carlos, que marcou o primeiro do Tigre desabafou. “Só falaram em Gustagol (atacante do Fortaleza). Quem fez gol hoje? Quem é o terceiro maior artilheiro da história do clube? Então vocês tem que ficar quietinhos e respeitar mais”, disparou.
Sobre o ambiente dentro do vestiário, Mazola revela que os jogadores estão comprometidos em tirar o Criciúma de vez de perto da zona de rebaixamento. “Todo mundo muito unido. Ambiente muito bom. A prova do nosso limite foi a situação das lesões que tivemos e também na entrega total do banco”, comentou.