Os brasileiros têm até o dia 16 de outubro para consultar e resgatar valores esquecidos em instituições financeiras através do Sistema de Valores a Receber (SVR) do Banco Central. Esse alerta tornou-se urgente após a sanção de uma lei, no dia 16 de setembro. A lei faz parte do pacote de medidas compensatórias para compensar o fim progressivo da desoneração dos 17 setores que mais empregam no Brasil.
O SVR foi criado pois o Banco Central identificou bilhões de reais "esquecidos" por brasileiros em contas encerradas, cooperativas e até consórcios. Muitos não sabem que têm dinheiro a receber porque ele pode ser referente a contas encerradas, investimentos não resgatados ou distribuição de lucros em cooperativas, entre outras situações. Esses valores ficam nas instituições financeiras, e não no Banco Central, aguardando o resgate dos cidadãos ou empresas.
Urgência no resgate
A nova lei estipula um prazo de 30 dias, contados a partir da publicação, para que os cidadãos resgatem seus valores. Caso o dinheiro não seja recuperado até 16 de outubro, ele será transferido para o caixa do Governo Federal. Após esse prazo, o processo de recuperação se tornará mais complexo, sendo necessário recorrer à Justiça.
Como consultar os valores a receber
Para verificar se há valores a receber, o cidadão deve acessar o sistema do Banco Central, que pode ser encontrado facilmente através de uma busca no Google por "Valores a Receber Banco Central". O processo é simples: com CPF e data de nascimento, é possível consultar se existem valores disponíveis. Caso haja valores, será necessário acessar o sistema com uma conta gov.br de nível prata ou ouro, o que pode ser feito de forma prática utilizando a conta bancária conveniada.
O sistema permite, inclusive, que empresas também verifiquem se possuem valores a receber, sendo necessário o uso do CNPJ. Para resgatar o dinheiro das empresas, pode ser preciso o auxílio de um contador para facilitar o processo.
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Valores variam
Os valores encontrados podem variar desde centavos até milhões de reais. Até o momento, um dos casos mais curiosos identificados no sistema é de uma pessoa que possui mais de 11 milhões de reais esquecidos, embora não esteja claro se se trata de uma pessoa física ou jurídica.
O prazo apertado exige que os brasileiros tomem a iniciativa rapidamente para evitar que esses valores sejam destinados ao governo e acabem entrando em um longo e burocrático processo judicial para serem recuperados.