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Prefeita de Sombrio: "foi como despejar uma jarra de água num copinho de café"

Gislaine Cunha explicou rompimento que deixou cidade sem água

Por Vitor Ávila 14/05/2024 - 13:59 Atualizado em 14/05/2024 - 14:04
Foto: Sombrio Saneamento
Foto: Sombrio Saneamento

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As fortes chuvas que atingiram a região Sul de Santa Catarina no último fim de semana causaram enchentes em várias cidades. A prefeita de Sombrio, Gislaine Cunha, e o prefeito de Araranguá, César Cesa, falaram sobre como fica a situação nos municípios, em entrevista ao programa Adelor Lessa, da rádio Som Maior.

Sombrio ficou sem água por causa de um rompimento na Lagoa da Guarita. Segundo a prefeita foi uma pressão nunca vista antes. "É você pegar um copinho de café e uma jarra grande de água e despejar. Ele vai estourar, ele não vai suportar aquele volume. Foi mais ou menos nessa proporção", comparou a prefeita.

Segundo ela, o município registrou o maior volume concentrado de água na história. "Foram 324 milímetros. Em 1974 tinha sido registrado a maior enchente na cidade e não foi nesta proporção. Então, o que aconteceu neste final de semana foi inesperado, inacreditável", ressaltou Gislaine.

A Prefeitura organizou um local para os mais afetados pela enchente. "São 22 pessoas hoje que estão no abrigo. Muitas famílias precisaram sair, mas elas optaram em não vir para o abrigo e sim para a casa de outros familiares. A água veio subindo ontem (segunda), durante a manhã, madrugada de ontem, subiu muito ainda,o que nos trouxe uma grande preocupação", explicou Gislaine.

Em Araranguá, 29 famílias estão em ginásio

Por conta das fortes chuvas que atingiram o Sul de Santa Catarina nos últimos dias, 86 pessoas, sendo 29 famílias, estão alojadas no Ginásio de Esportes Padre Ézio Julli, no Centro de Araranguá. Além disso, 120 pessoas foram para a casa de familiares.

Segundo o comunicado divulgado pela Prefeitura de Araranguá, o canal aberto próximo a barra está ajudando na contenção da elevação do rio Araranguá. Na segunda-feira (13) ele estava marcando 2m60 e às 9h desta terça-feira (14) o rio baixou para dois metros.

“A situação está sendo monitorada continuamente e as famílias desalojadas estão recebendo alimentação e auxílio das Secretarias de Saúde e Assistência Social. A Defesa Civil ainda alerta para que as pessoas evitem áreas alagadas, além de não realizarem viagens para outros municípios”, diz parte do texto.

Segundo o prefeito de Araranguá, César Cesa, as chuvas causaram prejuízos enormes para o município. "Não tem estrutura, não tem tubulação, não importa a dimensão dele, que suporte uma velocidade de água dessa em um período tão curto. Essas águas passando por cima das pavimentações, como o bairro Jardim Sibeli, como aqui atrás, Caveirazinho, destruiu todas as ruas, sem contar alguns bairros que são mais baixos, como o da Baixadinha, como um pedaço aqui da Lagoa da Serra, como o  Barranca", ressaltou.

Segundo o prefeito os estragos não foram ainda maiores por conta da abertura de um canal no Rio Araranguá. "Abrimos aquele canal e quando decretamos a situação de emergência, fomos lá e abrimos ele mais um pouco. Ele está fazendo uma curva e deu uma vazante muito interessante, serviu muito para  todo o vale aqui, toda essa água, deságua aqui. E o pessoal teve condições de fazer todo o seu trabalho, principalmente a agricultura, a colheita do arroz", explicou.

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