O rebaixamento bate à porta do Próspera na reta final da primeira fase do Campeonato Catarinense. Faltando quatro partidas para encerrar a campanha, o Time da Raça está com 6 pontos, é o nono colocado e só não está na zona de rebaixamento pois tem duas vitórias, contra uma de Avaí e Joinville, este no Z-2 ao lado do lanterna Juventus, que soma 5 pontos.
Mesmo assim, o presidente Israel Rocha Alves não cogitou demitir o técnico Emerson Cris mesmo depois da derrota deste domingo, 2 a 0 para o Barra, que era o lanterna da competição. "Eu não troco de comissão em razão de resultado, eu troco se o projeto não estiver se estabelecendo. O Emerson, quando aceitou vir para o Próspera, ele aceitou diante de uma condição difícil, de atuar com atletas jovens, com o perfil de clube que a gente pensa e em razão do que o nosso orçamento pode apresentar", afirmou, em entrevista ao Timaço da Rádio Som Maior após a partida no estádio Orlando Scarpelli.
O dirigente elogiou o empenho do treinador, que entendeu o projeto do Próspera, de revelar jovens atletas, e compreendeu a limitação orçamentária. "Não é o resultado necessariamente. Se o projeto não tiver mais sentido, seja para nós, seja para a comissão técnica, poderíamos pensar em algo. Não são esses resultados que me assustam ou me afastam dessa comissão. Eu entendo que eles estão sendo muito parceiros nossos, do Próspera, para cuidar dessa meninada", afirmou. "Esse é o grupo que a gente tem e com eles vamos até o fim do campeonato", reforçou.
As dificuldades da logística
Já são cinco derrotas em sete partidas. Nesta quarta, o Próspera voltará ao Orlando Scarpelli, desta vez para visitar o Figueirense às 19h em jogo antecipado da décima rodada. "Está muito abaixo. Temos que tentar entender a razão desse rendimento", comentou. O presidente admitiu que a logística do time, que manda todas as suas partidas fora de Criciúma, tem dificultado muito a campanha. "Essa logística é complicada. E não conseguimos padronizar uma escalação ainda. Mas esses fatores são um achismo, de um torcedor do Próspera", comentou.
Depois de enfrentar o Figueirense, o Próspera terá o mando de campo contra o Joinville, no sábado, mas ainda não conseguiu definir um local. As tratativas com o Hercílio Luz para usar novamente o estádio Anibal Costa não avançaram. "Quarta a gente joga em Florianópolis e o próximo jogo ainda não temos local. Tenho falado que vai ser em Santa Catarina, que é o que determina a Federação. Espero que seja perto de casa", comentou. "Tem sido difícil para nós esse campeonato. Os fatores não nos ajudam. Agora é tentar encontrar solução. Temos mais alguns jogos que definirão se a gente permanece ou não na Série A, que é o principal objetivo para esse primeiro momento", completou.
Ouça a entrevista do presidente do Próspera no podcast: