O Conselho Deliberativo do Tigre procurou a Acic para tentar reverter o quadro negativo que envolve o clube nos últimos anos, após uma sequência de temporadas ruins dentro de campo que culminaram com o rebaixamento para a Série C no ano passado. A primeira resposta pública desses encontros, que envolveram também o Forcri e a Federação Catarinense de Futebol (FCF), não agradaram ao presidente do Conselho, Carlos Henrique Alamini. Segundo ele, a tentativa das instituições de criar uma onda positiva para o Tigre teve uma resposta distorcida "fui chamado de incompetente por algo que nem foi bem assim".
Alamini não identificou os autores do que chamou de resposta distorcida aos eventos que ocorreram e reiterou o desejo do Conselho de melhorar a imagem do clube. "A nossa ideia do Conselho é acabar com essas coisas de só pisotear o Criciúma Esporte Clube. Qualquer coisa tem gente malhando o Criciúma. É uma instituição que representa nós todos, por quê dizem que está sempre errado? Será que não tem nada certo?", questiona.
A Acic divulgou no fim da tarde de quarta-feira o resultado das conversas que manteve com o conselho do clube, o Forcri e a FCF. A preocupação da classe empresarial é de que a má imagem do clube nos últimos anos possa afetar o desenvolvimento socioeconômico da região.
"O Criciúma é uma empresa hoje, gerida por um empresário, cada um cuida do seu negócio como acha que tem que cuidar, mas essa relação da empresa com a comunidade precisa ser melhorada", afirmou o presidente da Acic, Moacir Dagostim, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior. Ele completou: "Cada autoridade que vinha pra cá, o primeiro presente que a gente dava era uma camisa do Criciúma. Hoje estamos um pouco envergonhados de usar essa marca", emendou.
De acordo com o presidente do Conselho do Tigre, foi cobrado um novo plano de trabalho de futebol para a executiva do clube, em reuniões prévias aos encontros com as instituições empresariais e a FCF. Também foram procurados outros empresários e o prefeito de Criciúma para tentar aliviar a imagem do clube nas últimas temporadas. Com a Federação, a reunião foi para tentar apaziguar a relação entre Dal Farra e Angelotti, que esquentou após as declarações fortes do presidente do Tigre, que chamou a FCF de m*, depois do time perder para o Juventus com dois gols de pênalti.
Na reunião marcada com Rubinho Angelotti, para fazer uma "pressão" à Federação, Alamini disse que veio junto, "de surpresa", o diretor de arbitragem da FCF, Marco Antônio Martins. Na avaliação do presidente do Conselho, a conversa teria sido boa. "Agora vamos torcer para que não hajam mais erros", acrescentou.
O Conselho vem sofrendo críticas por não cobrar uma resposta da administração do clube, inclusive com seguidos protestos de torcedores pedindo a saída de Dal Farra. Para Alamini, não há nada a ser feito nesse sentido.
"Temos contrato (a empresa de Dal Farra tem mais dois anos de administração no Tigre) e ele tem que ser honrado dentro do clube. Temos que dar equilíbrio para isso tudo, entre Federação e presidente, quadro de árbitros e presidente. Conversamos muito com o Dal Farra, algumas situações até chamamos a atenção, no bom sentido. A gente se ajuda", concluiu.