Com a taxa de juros caindo a cada reunião realizada pelo Comitê de Política Monetária (COPOM), utilizar uma previdência indexada ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI) rendendo 3% pode não ser a melhor alternativa pensando no futuro. De acordo com o assessor de investimentos da Wise Advisors, Gustavo Guarnieri, “está na hora das pessoas começarem a olhar para a sua previdência privada novamente”.
O assessor destaca a importância de, dentro de uma previdência privada, saber diferenciar os tipos PGBL e VGBL e ver qual é o melhor para o seu imposto de renda. Para aqueles que possuem a declaração do imposto de renda completo, é preciso uma PGBL para que, então, haja um abatimento de parte do imposto.
“Se eu tenho R$ 100 mil nessa previdência, e eu a tenho há mais de 10 anos, eu vou pagar R$ 10 mil, o total de dinheiro que tenho lá e não sobre o rendimento. Se o meu dinheiro não rendeu nos 10 anos, vou pagar somente sobre o total de dinheiro que tenho”, explicou Guarnieri.
Já o VGBL, de acordo com o assessor de investimentos, é pago sobre o rendimento, indicado para aqueles que não possuem um imposto de renda completo. “Tem muita gente que faz uma declaração simples incompleta e tem uma PGBL, então estão pagando mais impostos ainda, porque pagam quando fazem a declaração do imposto de renda anual e sobre o total do dinheiro que possui”, declarou.
O economista ressalta ainda que, aos cidadãos comuns que não possuem tempo ou interesse em estudar sobre o assunto, deve-se procurar um assessor de investimentos ou contador para saber qual a melhor providência a se escolher em cada caso. “O assessor é responsável pelo planejamento financeiro do cliente, ele é quem deve saber qual imposto deve pagar, se irá pagar mais ou menos com determinado produto, assim como o contador, que também deveria saber ajudá-lo nesse assunto”, afirmou.