Em mais uma ação de inovação, a Unesc mostra o seu potencial apresentando o resultado de um trabalho em conjunto com uma das startups incubadas no Talent Lab da Universidade. Quem esteve na noite desta segunda-feira (22/08), durante o Criciúma Cripto Day, evento que ocorreu no Auditório Edson Rodrigues, na Instituição, pôde acompanhar o lançamento da CriCoin: a primeira criptomoeda da cidade de Criciúma.
A moeda digital vem da empresa Dottcoin, que está incubada na Unesc desde maio de 2022. No início, os três idealizadores do negócio chegaram com a ideia do projeto e, com auxílio de professores, desenvolveu.
Para o professor do curso de Administração, Thiago Francisco, a importância de incubar uma startup não é apenas pelo modelo de negócio, mas pela mensagem que a Universidade passa em estar aberta para atender as necessidades do ecossistema, de promover ações inovadoras que possam sensibilizar a sociedade em função da importância da inovação.
"O modelo de negócio que eles trazem sobre criptomoedas é importante e eu entendo como bastante visionário. A principal riqueza dessa noite é a demonstração de um exercício de que pensar inovação é importante não para hoje, mas para daqui a dez, quinze, vinte anos", comentou.
Segundo ele, a mensagem que a Universidade transmite em abrir as suas portas para entender esse cenário é importantíssima porque na verdade coloca a Instituição e as empresas incubadas no cenário de vanguarda, que é o que a Universidade propõe. "Abrir as portas para entender a inovação, é abrir as portas para entender a nossa região", ressaltou o professor.
De acordo com o CEO da empresa, Diego Fermiano, o objetivo é que a nova criptomoeda seja comercializada em estabelecimentos de Criciúma e futuramente integrada ao sistema público para recebimento de impostos de maneira transparente e segura.
"O diferencial é a tecnologia por trás disso. O apoio que a Unesc nos deu foi essencial. Quando chegamos estávamos apenas com uma ideia e fomos convidados a participar de um programa, o Galápagos, e dentro desse programa a nossa ideia evoluiu para chegarmos aqui hoje", destacou, salientando ainda que essa é a primeira criptomoeda de uma cidade da América Latina.
Fermiano falou ainda que esse é o primeiro passo como pioneiros em relação a esse tipo de tecnologia. "Hoje, no Brasil, temos mais de 30% de brasileiros que já mexem com criptomoeda, enquanto no mercado tradicional é apenas 5%. Veio para ficar e está ganhando mercado, e o próprio Banco Central está criando a própria criptomoeda, ou seja, o país e o mundo estão caminhando para esse mercado", disse.
A Dottcoin, uma das 22 startups incubadas na Unesc, é uma corretora de Cripomoedas que, além de fornecer os serviços tradicionais de compra e venda de criptoativos, também capitaliza empresas utilizando essa tecnologia.
"Empreendedores e startups que querem desenvolver o seu negócio, podem procurar a incubadora da Unesc para receber auxílio para desenvolvimento e crescimento do seu negócio", complementou a gerente de Comunidade da Incubador Patricia Darolt de Costa.
Acadêmicos se encantam com a novidade
O acadêmico da 8ª fase do curso de Administração, Luiz Felipe Silva da Rosa ficou encantado com o que presenciou e destacou que um evento dessa proporção é muito importante pelo devido conhecimento que proporciona. "São pequenas ideias que podem tomar grandes dimensões. Isso agrega muito nosso conhecimento e como acadêmico nos disponibiliza conhecer novas ideias e valorizar ainda mais a nossa Universidade e, para o nosso conhecimento, é muito importante também", disse.
A acadêmica Ana Paula Fontanela, da 1ª fase do curso de Administração, salientou que a ideia é muito interessante. "Com certeza, eventos como esse nos força a pensar diferente, pensar em inovação e precisamos disso para melhorar a forma com que trabalhamos, estudamos e até a forma como criamos empresas", descreveu.
O evento contou ainda com palestras sobre o universo das criptomoedas, explicações sobre a utilização da moeda virtual, como influenciou e como irá influenciar o mercado no futuro.