A juíza Eliza Strapazzon publicou, na tarde desta segunda-feira, 9, a sentença decretando a falência da Carbonífera Criciúma. A partir da sentença publicada pela juíza, foi aceite o relatório do administrador judicial e do Ministério Público e a recuperação judicial transformou-se oficialmente em falência. O administrador judicial, Maurício Colle, fica encarregado de executar as obrigações da empresa falida.
O processo conta com 13 mil páginas e todos os documentos basearam na decisão final. "Verificamos a possibilidade de voltar a empresa voltar minerar e percebemos que não é possível, então não tem como continuar com o processo e a falência é a melhor finalidade", coloca a juíza.
Desde o início, o processo foi ajuizado no Rio Grande do Sul, onde a Carbonífera tem uma mina. Após o início do processo no estado vizinho, foi definido um administrador judicial regional. "O procesos tem a finalidade de gerar benefício social. Então se ele não faz isso não tem razão da existência. Esse procesos específico não há qualquer possibildiade de recuperação e se houvesse o plano seria quase impossível", coloca Colle.
O caso ainda não tem prazo para finalizar, devido a quantidade de documentos para análise. O próximo passo é analisar os documentos e acompanhar o passo a passo da administração judicial, que deve administrar os bens, cuidar da realização de acordos trabalhistas e também avaliar os ativos da empresa.
"É um trabalho árduo para ver o que a gente consegue recuperar e verificar os credores. Agora temos que ter paciência, para organizarmos o processo", coloca a Eliza. "É muito difícil definir um prazo, isso depende do processo", completa Colle.