Criar, a partir de uma cadeia produtiva de leite orgânico, nova perspectiva econômica para o agronegócio de Maracajá, que represente consistente evolução a partir de experiências do passado com produção integrada de tabaco e aves, por exemplo, mas com visão de futuro e com segurança jurídica aos produtores envolvidos.
Esta foi a proposta apresentada pelo prefeito Arlindo Rocha a um grupo de técnicos da Epagri e produtores de leite de Maracajá e Araranguá e da Coopernova de Forquilhinha, nesta quarta-feira, 23, no Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Maracajá. O encontro foi organizado pela Epagri de Maracajá e Departamento Municipal de Agricultura.
Os técnicos da Epagri ressaltaram a importância dos produtores rurais se prepararem para cumprir protocolos rígidos que exige a certificação de produção orgânica, começando pela alimentação das vacas, que deve ser de 85% de ração sem qualquer tipo de aditivo químico, inclusive a pastagem e a silagem.
O prefeito revelou que vem há meses pesquisando o mercado de leite orgânico e concluiu que esta pode ser uma alternativa rentável para o agronegócio de Maracajá, aproveitando o viés e a consciência ecológica e de proteção e preservação ambiental, características do município há décadas.
Arlindo Rocha garantiu que aproveitará seus últimos meses como presidente da Amesc e buscará relações políticas e administrativas para abrir negociações com grandes empresas de laticínio, inclusive multinacionais, que já têm programas para preparar produtores de leite orgânico, fornecendo assistência técnica e adquirindo a produção.
“Precisamos tirar lições de sistemas de produção integrada, como era o tabaco e aviários, mas com contratos que assegurem condições favoráveis aos produtores e, preferencialmente, de forma cooperativada e não de contratos individuais e desvantajosos como era a realidade com fumageiras e frigoríficos”, disse Arlindo.