Desde o dia 30 de novembro, quando aconteceu o primeiro rompimento de adutora na Barragem do Rio São Bento, fazendo com que seis municípios ficassem sem água na região, houve muito transtorno para os moradores. Nos últimos dias, tem faltado água em muitas casas nas localidades atendidas pela barragem. Com isso, a 7ª Promotoria de Criciúma instaurou um novo procedimento para coletar novas informações e ajustar um meio de que a Casan tenha mecanismos de retaguarda em casos de rompimento como esse.
Segundo o promotor da 7ª Promotoria de Criciúma, Diógenes Alves, o procedimento que já foi instaurado tem o objetivo de apontar quais serão as medidas mais adequadas para se tomar no caso. “Se é uma atuação repreensiva, novamente ajuizando a ação para cobrar indenizações da Casan ou se é uma atuação preventiva, no sentido de ajustar com a Casan uma forma de melhorar o sistema, de modo a não permitir que em caso de algum rompimento isso possa se postergar por muito tempo”, explica Alves.
O promotor relembra que em 2014 houve um caso idêntico, envolvendo o rompimento de uma adutora, onde a promotoria do consumidor de Criciúma ajuizou uma ação civil pública condenando a Casan ao pagamento de danos morais coletivos.
Como o procedimento ainda é recente, o promotor explica que a Casan deverá ser notificada ainda hoje ou no mais tardar, amanhã e, assim, poderá se posicionar sobre o assunto. “Nós pretendemos chamar a Casan, no sentido de propor a ela um ajustamento de conduta, para ampliar o seu sistema. Caso isso não seja viável para a Casan, nós teremos que acioná-la judicialmente para cobrar os prejuízos”, afirma.
Em relação à queixa de alguns moradores devido à falta de água, o superintendente Sul/Serra da Casan, Vilmar Bonetti, afirma que a situação já está normalizada. “Tem problema ainda na Quarta Linha e na Mina do Toco. Tinha um vazamento, eles fizeram o conserto e era esperado que normalizasse. Não deveria estar ocorrendo esse problema. Tudo deveria estar normalizado”, conta Bonetti.