São seis meses sem poder faturar, arrecadar, trabalhar. E sem poder contratar. São empresários sem condições de manter empregados nem a infraestrutura mínima. São trabalhadores dos mais diversos, da decoração à música, da limpeza à segurança, da alimentação à segurança, sem poder atuar.
Essa causa foi levada à Avenida Centenário na tarde desta terça-feira, 22, no protesto agendado pelo setor de eventos. "A prefeitura nos apoiou, as forças de segurança também. A ideia do protesto surgiu com força depois do decreto da última sexta-feira, que liberou alguns eventos, com restrições, mas somente em regiões no amarelo no mapa de risco. Só tem uma região que quase não tem eventos que foi abrangida pela medida. Ou seja, a repercussão foi quase zero", afirma a decoradora Daiane Savi, uma das lideranças do movimento.
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Os manifestantes partiram em passeata do Parque das Nações pouco antes das 17h, e acessaram a Avenida Centenário em direção ao Terminal Central. Foram cerca de 500 pessoas participando ao longo do percurso."É importante para nós, além de provar mobilização, comprovar que podemos organizar eventos com o distanciamento, com o protocolo, todos com máscaras, com álcool gel, com os devidos cuidados", frisa Daiane. "É um teste para nós", completa.
Próximo passo: fechar a BR-101
A próxima meta do movimento é ousada: fechar a BR-101. "Vamos fechar a BR-101 na sexta-feira. Estamos só aguardando a autorização da Polícia Rodoviária Federal. Nossa ideia é sair de Criciúma às 14h e fazer o movimento em Laguna. Vão participar, também, o pessoal que promove eventos em outras regiões do estado. Vamos nos reunir em Laguna", conta Daiane. "Nossa ideia é reforçar a mobilização para chamar a atenção do governo para liberar logo os eventos, pois queremos e precisamos trabalhar", emenda.
Os eventos estão suspensos em Santa Catarina desde a segunda quinzena de março, por conta da pandemia de Covid-19.