Um dos objetivos mais buscados por quem investe é viver de renda passiva dos seus investimentos no futuro. Nessa modalidade, não há necessidade de esforço direto por parte do investidor, diferente da renda ativa, que geralmente vem do trabalho convencional. Mas qual o melhor caminho para quem não é tão experiente no mercado e busca uma opção mais segura?
Na Dica de Bolso desta quarta-feira (28), Arthur Lessa explica como investir em renda passiva. Ouça o comentário completo:
Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários surgem como uma opção atraente aos interessados em construir uma renda passiva. Esses fundos de investimento possuem uma carteira de imóveis que gera pagamentos mensais aos cotistas, simulando uma espécie de aluguel. A estabilidade e diversificação oferecidas por uma carteira bem selecionada proporcionam uma média de retorno em torno de 0,7% ao mês, aproximadamente 8,5% ao ano, de acordo com as atuais condições do mercado.
Um exemplo prático pode ser ilustrado com um investimento inicial de R$ 10 mil. Com uma taxa de retorno de 0,7% ao mês, o investidor receberia R$ 70 de renda passiva mensal. Incrementando o aporte mensal em R$ 500, em dois anos, esse montante alcançaria aproximadamente R$ 150,50 por mês. Com a estratégia de reinvestimento dos rendimentos mensais, em cinco anos, a renda passiva poderia ultrapassar R$ 360 mensais, totalizando mais de R$ 4,3 mil por ano.
A prática do reinvestimento é crucial para acelerar o crescimento da renda passiva. Ao reinvestir os rendimentos, o investidor potencializa os ganhos ao longo do tempo, criando uma “bola de neve” financeira. Aqueles capazes de realizar aportes mensais mais substanciais, como R$ 1 mil ou R$ 2 mil, experimentam um crescimento ainda mais acelerado.
É importante ressaltar que o valor das cotas dos fundos imobiliários pode apresentar oscilações, embora menos voláteis do que ações. O investidor deve estar preparado para variações, focando mais na receita proveniente da renda passiva, que é isenta de imposto de renda, do que nas flutuações da cota em si.
Fundos imobiliários de papel
Além dos tradicionais fundos imobiliários, existem os chamados “fundos imobiliários de papel”, que operam sem possuir imóveis, mas sim investindo em papéis, dívidas e empréstimos. Considerados “intrusos” no mercado, esses fundos de renda fixa no segmento imobiliário podem ser atrativos, especialmente em cenários de Selic elevada.
Contudo, seu risco está atrelado ao não pagamento das dívidas, o que impacta a distribuição de rendimentos. Esse tipo de investimento é indicado apenas a investidores mais experientes. Além de exigir um estudo aprofundado antes de assumir riscos significativos.