A segunda-feira, 23, é atípica em Criciúma. Com decreto do Governo do Estado e do Município, o comércio de Criciúma inicia a semana com as portas fechadas. A ordem da semana passada é para evitar aglomerações e diminuir a proliferação do coronavírus (Covid-19). Desde então, a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), vem dialogando com os lojistas. “Estamos sempre passando informações na busca por evitar as facke news. O problema é que há muita insegurança jurídica. O que pode fazer agora pode mudar no dia seguinte”, diz a presidente do CDL, Andréa Salvalaggio.
Devido à quarentena, ela conta que algumas ações precisaram ser canceladas, como a CDL nos Bairros, que aconteceria na semana passada e uma grande promoção que estava planejada para acontecer em 2020 e seria lançada agora. “Não sabemos até quando isso vai, então o melhor a fazer foi cancelar”, comenta Andréa.
Ela ressalta ainda que, neste momento, o mais importante é ficar em casa. “São dois pontos distintos: estar na loja é importante, mas agora é fundamental ficar em casa”, cita.
Impactos
A presidente da entidade relata que ainda não é possível mensurar o impacto econômico que o comércio da cidade terá. “Neste momento, buscamos falar de coisas positivas também. Já passamos por momentos ruins como o Catarina, pro exemplo, onde lojas foram destruídas. Desta vez, depois que tudo isso passar, as lojas estarão lá, com as mercadorias. Não precisará ser recuperada após um incêndio, por exemplo. Não terá que começar do zero”, comenta.
Praças vazias
Com as lojas fechadas, o movimento na Praça Nereu Ramos, no Centro de Criciúma, é pequeno. Poucas pessoas circulam pelo local que tem somente farmácias em funcionamento. Na Praça do Congresso, uma fita zebrada tenta afastar quem quiser ir ao local. Na porta da Catedraol São José, um aviso: “Caros irmãos e irmãs! Se durante o dia você encontrar as portas da Catedral fechadas, saiba que do interior dela certamente está sendo transmitido um momento de oração ou Santa Missa”.