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Queda no preço do arroz revolta produtores

Segundo gerente regional da Epagri Araranguá, municípios podem sofrer consequências da redução

Por Clara Floriano Criciúma - SC, 19/02/2018 - 10:31 Atualizado em 19/02/2018 - 10:52
(foto: Clara Floriano)
(foto: Clara Floriano)

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Apesar da época de colheita, produtores de arroz de Santa Catarina estão insatisfeitos com uma situação: a queda significativa do preço do produto em relação ao ano passado. Por isso, reuniões estão sendo feitas na Reunião Sul, principal responsável pela produção estadual, com objetivo de pressionar para que ou os preços melhorem ou os custos abaixem.

“O Brasil é um grande produtor de arroz, nós produzimos em torno de 12 milhões de toneladas e consumimos praticamente a mesma coisa. Anualmente se exporta um pouco de arroz e também se importa. Só que nos últimos anos tem se importado mais do que exportado. E essa importação, principalmente de arroz paraguaio, traz diferenças significativas para as indústrias brasileiras, onde elas passam a ter uma vantagem econômica. Faz com que o arroz paraguaio seja bem mais competitivo que o nosso, fazendo com que o nosso arroz seja mais caro”, explicou Reginaldo Ghellere, gerente regional da Epagri em Araranguá.

Ghellere contou que, para tentar resolver a situação, os agricultores estiveram reunidos no fim de janeiro e início de fevereiro para escrever uma carta reivindicando ações e estratégias que melhorem a crise.

“Os agricultores pedem que o governo entre no mercado com mecanismos de comercialização para diminuir a diferença de preços, pedem também que se tenha fiscalização melhor do arroz que vem de outros países e também que haja uma melhora na guerra fiscal que existe entre estados”, esclareceu.

Santa Catarina

Santa Catarina é o segundo maior produtor de arroz do Brasil, ficando atrás apenas do Rio Grande do Sul. A região sul é a principal responsável pela produção estadual. Segundo Ghellere, o sul gera em torno de R$ 600 a R$ 700 milhões, sendo responsável por mais de 60% da produção catarinense.

“Quando você reduz os preços, os municípios de forma sentem no ano seguinte. Isso porque a cada R$ 1 milhões, retorna aos munícipios em torno de R$ 20 a R$ 22 mil. Com certeza, em 2019, se não mudar esse quadro, teremos uma crise nos municípios”, revelou.

Confira a entrevista completa no áudio:

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