O Mundial de Clubes da Fifa começa nesta quarta-feira (6), às 15h (Brasília), com o duelo entre Auckland City (Nova Zelândia), campeão da Liga dos Campeões da Oceania e o Al Jazira (Emirados Árabes), equipe convidada. O vencedor avança para enfrentar o Urawa Red (Japão), campeão da Ásia, na chave que tem o Real Madrid já na semifinal. Para o Brasil, mais especificamente para os gremistas, a edição de 2017 pode ser a mais acessível ao título desde 2012, quando o Corinthians se sagrou campeão.
O Grêmio estreia apenas na outra terça (12), também às 15h, contra o vencedor de Pachuca (México), campeão da CONCACAF ou Wydad Casablanca (Marrocos), representante africano. A equipe mexicana tem em Honda o seu melhor jogador, um japonês que passou pelo Milan sem brilho, mas que era promessa em seus tempos de CSKA Moscou. Já os marroquinos são zebras, e tentam surpreender, assim como fez o Raja Casablanca, rival da cidade, batendo o Atlético Mineiro na semifinal em 2013.
Passando pela semifinal, como é o esperado, o tricolor gaúcho deverá encontrar o Real Madrid, que não precisa de apresentações. A equipe espanhola vive o seu pior momento em anos, ocupando a quarta colocação na liga nacional, com oito pontos a menos em relação ao líder Barcelona. Na Liga dos Campeões a classificação veio com antecipação, porém, ainda faltando uma rodada, que será disputada terça (5) e quarta, o Real será segundo em seu grupo. Desconsiderando a Copa do Rei, onde utiliza reservas e incluindo a Supercopa da Espanha e a Supercopa da Europa, até aqui o Real Madrid tem 22 jogos na temporada, com 14 vitórias, cinco empates e três derrotas.
Cristiano Ronaldo é artilheiro da Liga dos Campeões, mas no Espanhol está devendo. Nos últimos anos as equipes da Europa classificadas para o Mundial chegaram em fases melhores, e desde 2013 ficaram com o título. O fato de a Libertadores ter acabado fim de novembro também tende a beneficiar o Grêmio, que chega embalado para a disputa.
Condições parecidas aconteceram em 2010 e 2012. Na primeira delas, a Internazionale, da Itália, vivia mal momento, e o Internacional, rival do Grêmio poderia até ser considerado favorito, um momento raro, não fosse a decepção diante do Mazembe na semifinal. Dois anos depois, o Corinthians, comandado por Tite, aproveitou o mal momento e a reformulação do Chelsea para faturar o título.
Supondo que Grêmio e Real Madrid cheguem na decisão dia 16, os gaúchos terão pela frente o maior clube do mundo e atual vencedor da competição, que não é imbatível, muito pelo contrário, se o time de Renato manter o ritmo e explorar os contra-ataques, tem boas chances de vencer e ficar com a taça.