Ir para o Conteúdo da página Ir para o Menu da página
Carregando Dados...
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS INFORMAÇÕES DAS ELEIÇÕES 2024!

Rede de Proteção à Vida busca mecanismos para prevenção de suicídio

Grupo criado por uma série de entidades atua em três frentes, entre medidas de segurança e apoio psicológico

Por Heitor Araujo Criciúma - SC, 04/03/2020 - 16:26 Atualizado em 04/03/2020 - 16:27

Quer receber notícias como esta em seu Whatsapp? Clique aqui e entre para nosso grupo

Para muitos um tabu, o debate sobre os problemas que levam ao suicídio e as formas de preveni-los vem ganhando holofotes no Brasil. O país contrariou a tendência mundial nos últimos anos e apresentou um aumento de 7% de casos, em levantamento feito pela Organização Mundial de Saúde (OMS). O período de análise foi entre 2010 e 2016 - no último ano coletado, foram 6,1 suicídios a cada 100 mil habitantes no país.

Nacionalmente foram criados mecanismos para aconselhamento sobre o tema, com o Centro de Valorização da Vida (CVV). Em Criciúma, há três frentes para evitar o caso de pessoas que chegam ao extremo da angústia e depressão a ponto de tentar tirar a própria vida.

No município, há a Rede de Proteção à Vida, grupo que reúne entidades como o Samu, Polícia Civil, Sociedade de Psicologia de Criciúma, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, CVV, dentre outros. De acordo com Almir Fernandes, o grupo trabalha para que uma série de medidas sejam tomadas em edifícios públicos ou em construção, tiradas de uma audiência pública realizada ainda no ano passado sobre o tema. O grupo deve marcar novas reuniões e pode propor outras novidades sobre ações preventivas.

"Teve um prédio em construção aqui na cidade que teve duas tentativas de suicídio. Outro, um prédio comercial bastante conhecido, teve um suicídio recentemente. Tem que dificultar o acesso a esses locais. É possível que seja feita uma adequação para minimizar os riscos", justifica Almir.

Segundo ele, entre as medidas está a colocação de telas de proteção em um intervalo de dois a três andares, além de placas de avertência e orientação e oferta de ajuda em corredores e elevadores de prédios públicos. "Placas de apoio emocional já existem em praças e outros locais, são dez placas espalhadas pela cidade", lembra Almir. "Em Florianópolis, muitos prédios já contam com as telas de proteção", acrescenta. 

Confira também - A proteção à vida daqui que pode virar modelo nacional

O grupo de preservação à vida mantém contato com as construtoras para que os prédios em obras tomem as medidas preventivas. "A própria construtora pode ter a precaução de ter proteção de tela entre andares na parte interna. Em prédios já feitos, os condôminos podem estar atentos ao acesso de pessoas estranhas no acesso a prédios residenciais", cita Almir.

As outras frentes de ações dizem respeito ao apoio emocional à vítima. As pessoas em situação de vulnerabilidade emocional podem contatar o CVV pelo número 188. Em Criciúma, a Polícia Militar (PM) também é capacitada para fazer o acompanhamento, através do 190. 

Outra alternativa que a Rede de Proteção à Vida deve tomar nos próximos dias, ainda a ser tratado em reuniões, é a criação de uma espécie de plantão para acompanhar as pessoas que estão em recuperação de tentativas de suicídio.

"Tem casos de pessoas que saem da internação e voltam a tentar cometer o ato, não podemos deixar isso acontecer. A ideia é formar um grupo de voluntários que ficariam à disposição, de sobreaviso, para no momento dessas ocorrências - após Samu, Bombeiros, serem chamados e prestarem o primeiro socorro - uma dupla qualificada tenha condições de entrar no hospital, visitar e junto com a família fazer o encaminhamento, para que a vítima não saia dali sem ter esses aconselhamento", finalizou Almir.

Copyright © 2024.
Todos os direitos reservados ao Portal 4oito