Segundo dados do Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C), do IBGE, referentes ao segundo trimestre de 2019, apontam que o índice de desocupação é de 6%, enquanto no país a taxa é de 12%. O que mostra que o desemprego recuou e o estado se consolidou com o menor índice do Brasil. Ainda assim, o número corresponde a mais de 230 mil pessoas desempregadas em Santa Catarina.
Por outro lado, chama a atenção também a redução de imigrantes em Criciúma, visto que muitos saem de seus países em busca de oportunidades no Brasil e, muitos deles, acabam voltando por não encontrar aqui o que buscavam. Segundo o líder dos haitianos em Criciúma, Pierre Dhomme, muitos imigrantes estão mesmo indo embora, e só do seu grupo de haitianos seis partiram recentemente.
“Eles vão embora por algumas dificuldades, como não falarem a mesma língua, por não terem a família, por não conseguirem emprego. Aqui estão sofrendo, não tem nada para conseguir viver”, comenta Pierre.
O secretário municipal de Assistência Social de Criciúma, Paulo César Bittencourt, observa que essa redução de imigrantes já é evidente desde o ano passado, e afirma que desde o início do ano 16 novos imigrantes vieram para Criciúma e nesta semana chegaram quatro estrangeiros: dois cubanos e dois ganeses.
“É quase nula a procura de imigrantes pelos espaços comuns que existem em Criciúma, como a Casa de Passagem, que é o equipamento mais procurado por eles, não tem quase ninguém”, explica Paulo. Ele conta que alguns dos imigrantes reivindicam um ônibus que possa leva-los até Nova Veneza para trabalhar.
Desemprego estampado em obra de arte
Chama a atenção dos que passam pela Praça Nereu Ramos uma obra de arte com imagens de carteira de trabalho e diversos pontos de interrogação, com o objetivo de fazer um alerta ao número de pessoas desempregadas. A ideia foi do empresário Sérgio Zappelinni, que conta que diariamente observa imigrantes indo bater fotos para tirar visto para o mundo inteiro – Portugal, Itália, China, Austrália, Reino Unido, Áustria, Japão, Canadá, Estados Unidos, Francês, Vietnã, Alemanha e Lituânia. O motivo é decorrente da falta de oportunidades no Brasil.
“É uma tristeza, as pessoas vêm, batem as fotografias aqui e falam para nós das insatisfações delas com o país, afinal de contas, nós temos uma boa parte da sociedade brasileira pedindo socorro, pedindo emprego”, relata.
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