Ressaca: O mar não está para peixe

A chegada do ciclone extratropical na região deixou o mar muito agitado. O nível da maré está altíssimo, chegando a invadir ruas no Balneário Rincão. Além de duas espécies de peixe estarem em defeso, o pescador do sul de Santa Catarina sofre com o efeito climático. A possibilidade de acidentes e até mesmo tragédias existe e para evitar o perigo as embarcações devem permanecer em terra firme.

A anchova e o bagre estão em período de defeso, o que proíbe a pesca das espécies. Os trabalhadores seguem com o ofício, mas atuando com outros pescados. Para amenizar a situação, o presidente da Colônia Z33, João Picollo, falou que já estão realizando o recolhimento de toda a documentação para dar entrada no pedido e receber o benefício. Na região, aproximadamente 400 famílias sobrevivem exclusivamente da pesca e com isso têm o direito de receber o auxílio para que possam se manter em atividade.

A pesca da tão esperada tainha deve iniciar no dia 1º de maio de 2021. A expectativa dos pescadores é que o inverno chegue mais cedo e favoreça a temporada. E eles já estão se preparando para isso, fazendo manutenção nas redes e canoas. "Esperamos que esse ano seja melhor do que no ano passado", disse Picollo. 

Outro alerta feito pelo presidente é para os visitantes. Segundo ele pessoas estão indo à beira do mar para ver o fenômeno, mas elas devem tomar mais cuidado, pois a situação é bem perigosa. "A gente orienta as pessoas que vem visitar que tomem o maior cuidado possível, porque a maré é alta e está tomando conta da praia toda, inclusive invadindo algumas ruas aqui da praia.", concluiu Picollo.