Reunião, às 14h, de hoje, irá definir o futuro da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan) em Criciúma. O prefeito Clésio Salvaro (PSDB) estará com a presidente Roberta Maas dos Anjos, que irá repassar o posicionamento sobra as reivindicações apresentadas. Caso a resposta seja negativa, a promessa é de rompimento de contrato.
O pedido do prefeito é a redução da taxa de esgoto em 40% - hoje é de 100% em cima da tarifa de água – e o repasse de 7% dos lucros da empresa em Criciúma. Esses pleitos foram repassados à presidente no dia 23 de janeiro. Ela solicitou um tempo para que a equipe técnica pudesse realizar estudos. O prefeito vem se mostrando irredutível.
Esse assunto teve início em 21 de janeiro quando Salvaro esteve em Florianópolis para uma reunião na Casan e não foi atendido pela nova gestão por um desencontro de agenda. Ele gravou um vídeo no qual anunciou que se nada fosse feito, aconteceria o rompimento. A presidente veio a Criciúma em seguida para tentar amenizar o problema.
O prefeito de Criciúma também reuniu os colegas de Forquilhinha, Nova Veneza, Siderópolis, Içara e Maracajá, municípios abastecidos pela Barragem do Rio São Bento, e iniciou um estudo dos custos para o abastecimento de água e o tratamento de esgoto, não descartando a possibilidade de um consórcio em caso de rompimento com a empresa do estado.
Maiores cidades
Entre as maiores cidades de Santa Catarina, apenas Criciúma, Chapecó e Florianópolis são atendidas pela Casan. Os outros municípios são menores e nem sempre são superavitários. Logo após o encontro com a presidente da Casan, o prefeito salientou que “nós sabemos que a água de Criciúma é de boa qualidade, precisa de poucos produtos químicos para torna-la potável. Ela vem por gravidade. O custo do bombeamento é menor do que em outros municípios e nós sabemos que a tarifa é única. Criciúma sabe que nós pagamos a conta de outros municípios. Chegou a hora de dizer um basta. Foi assim com o Hospital Santa Catarina, que durante 20 anos pagamos a conta. Agora deu”, salientou.
Já Roberta não mostrou maior preocupação em relação ao tamanho da cidade. “Para a gente não importa o tamanho da cidade, todas elas são importantes e temos que atender de forma igualitária. A gente não visa os lucros, mas o atendimento ao município. Tanto é que temos vários municípios pequenos e todos com investimento”, analisou.
Rompimento com a Aresc
Entre a ameaça de rompimento com a Casan e hoje, o prefeito rompeu com a Agência Reguladora de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc). O motivo foi a insatisfação com o trabalho prestado.
A Aresc era responsável por fazer a regulação das tarifas públicas cobradas em Criciúma, entre elas, da água e esgoto.
Bairros de Criciúma em que a taxa de esgoto está em vigor:
Pio Corrêa
Centro
São Cristóvão
Michel
Cruzeiro do Sul
Comerciário
Santa Bárbara
Santo Antônio
Operária Nova
Pinheirinho
Boa Vista
Paraíso
Tereza Cristina
Universitário
Santa Augusta