Por volta das 20h da noite desta quarta-feira (24) a justiça autorizou o empresário Rogério Cizeski a retornas à Criciúma Construções, para auxiliar o gestor judicial na condução das atividades. Gestor judicial da Criciúma Construções, Zanoni Elias, a gestão será judicial e Cizeski o tem a possibilidade de opinar nos processos da empresa.
“Todos devem ter tranquilidade, porque os atos de gestão permanecem comigo, pelo menos até o fim do processo de recuperação judicial. Já era esperado esse retorno. Ele foi, continua e será proprietário da empresa”, comentou.
Segundo Elias, a empresa já estava caindo e ele a fez parar de cair. “Nós já arrumamos muitas coisas. Isso não é um retorno do Rogério Cizeski. Agora ele começa a ter um voto de confiança. Ele quer mostrar que quer contribuir. É uma ótima forma de ele mostrar. Ele conquistou esse voto de confiança através do advogado dele. Ele quer contribuir no processo, mas a decisão final é única e exclusivamente minha”, explicou.
Agenor Daufenbach Júnior, administrador judicial da Criciúma Construções, lembrou que Cizeski tinha dois impedimentos: um de recuperação e um criminal e ainda tem que superar um deles, o do juiz criminal. “Ele vai ter que superar a decisão, que é o próximo passo, por isso ele não volta hoje. Eu penso que ela é de menor estatura. Ele está próximo de retornar na condição de consultor”, revelou.
O processo tem 15 anos para ser concluído e, após isso, ele será encerrado. “O magistrado continua garantindo a segurança para os credores. O magistrado fez questão de destacar que não haverá dois gestores por enquanto, mas após a recuperação o proprietário volta ao comando da empresa”, esclareceu.
O atual gestor consulta Rogério apenas se julgar necessário, contou Daufenbach. “Não se pode ignorar o tempo que ele construiu e como construiu a empresa. Ele está por dentro do mercado. Uma construtora não vende só prédios e apartamentos, vende confiança e a Criciúma Construções ficou arranhada. Mas sabe-se que Rogério conhece a empresa”, disse Daufenbach.
Sobre os credores assumirem os custos para finalização dos imóveis, Daufenbach explicou que é um processo comum da recuperação judicial e é a forma que menos prejudica os credores. “Toda a cadeia está se sacrificando. Esse é o cenário da recuperação judicial: ou falência ou sacrifício dos credores”, contou.