O Brasil registrou em 2017 o melhor ano da história em relação a produção de grãos, com a safra registrando 238 milhões de toneladas. Em 2018 os números devem menores, anotando queda entre 4,4% e 6,2%, de acordo com estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento.
A safra 2017/2018 ainda está encerrando, com produções de tabaco, arroz e maracujá. Segundo o gerente regional da Epagri de Araranguá, Reginaldo Ghellere, a maior preocupação com a nova safra está no valor do produto.
“Não imaginamos que seja igual no ano passado, com uma safra recorde. O que nos preocupa mais é a relação com os preços das atividades. Alguns produtores que não seguiram as recomendações técnicas sofrerão prejuízos”, afirmou.
Um dos fatores que pode prejudicar a nova produção é a chuva em excesso. De acordo com Ghellere, a elevada produção de alimentos contribuiu para os bons índices da inflação em 2017.
“A safra do arroz, que está em pleno desenvolvimento, com tempo úmido tem mais possibilidades de criar doenças, se durar mais duas semanas teremos prejuízos. Por mais que tenham fungicidas, é perca na certa”, analisou.
Os maiores prejuízos devem ser registrados nas lavouras de fumo e hortaliças. A safra de milho apresentou recuperação, e deve terminar o ano dentro da normalidade.