O torcedor do Criciúma é um show à parte nos jogos. Com instrumentos, entoando músicas próprias durante os 90 minutos, a torcida carvoeira é referência em todo o Brasil. Mas, tem algo que vem desagradando os membros de torcidas organizadas. A proibição de utilizar fumaças e bandeirões em Criciúma.
A indignação é ainda maior quando em outros estádios de futebol em Santa Catarina, a prática é permitida. Em Itajaí, por exemplo, a torcida do Marcílio Dias utilizou fumaças nas cores vermelho e azul, durante a partida contra o Figueirense, pela Copa Santa Catarina.
Em Chapecó, o torcedor da Chapecoense também utilizou fumaça na arquibancada, em jogo pela Série B do Campeonato Brasileiro.
Para entender o porquê em Chapecó e Itajaí podem, e em Criciúma não pode, a reportagem da Rádio Som Maior e Portal 4oito foi em busca de explicações. Fomos informados de que o 9º Batalhão de Polícia Militar, na Capital do Carvão, segue um procedimento operacional padrão da PM em Santa Catarina, que trata sobre a Gestão da Segurança em Praças Desportivas de eventos profissionais.
A regra é válida para todo o estado, no entanto, de acordo com as constatações, nem todas as corporações da Polícia Militar seguem o procedimento à risca.
O capítulo XII do procedimento diz:
a. Permanecer em linha atrás da equipe responsável pela revista preliminar;
b. Ficar atentos aos torcedores que tentarem passar pelos revistadores com objetos proibidos, tais como:
- Mastros de bandeiras;
- Isopor ou similar;
- Papel Higiênico ou similar;
Papel picado e papelão;
- Objetos de vidro (Copos, garrafas, frascos de perfume, etc);
- Produtos que possam gerar combustão/explosão (desodorantes, sprays, etc);
- Guarda chuva com ponta de metal que possa ser utilizado como arma perfurante, ou objeto similar; - Faixas (Crepon, TNT, etc);
- Brindes recebidos na parte externa do estádio (chaveiros, caixas, etc);
- Instrumentos de emissão de fumaça;
- Capacetes;
- Quaisquer outros objetos que possam causar atos de violência ou incêndio;
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