Saída de Mansueto do Ministério da Economia não é bem vista pelo mercado financeiro

Peça importante no Ministério da Economia, o secretário do Tesouro Nacional, Mansueto Almeida, deixará o governo nos próximos meses. Ele irá trocar o cargo público pela iniciativa privada e já teria avisado o ministro Paulo Guedes há algumas semanas. 

A discussão agora é para decidir o nome de quem irá substituí-lo. Mansueto chegou ao governo em meados de 2018, convidado pelo então ministro da Economia Henrique Meirelles e era reconhecido pela responsabilidade nos gastos públicos. 

O economista Lucas Rocco vê como uma perda importante para o governo Bolsonaro. "Não é boa a saída, sem dúvida nenhuma. Apararentemente não havia nenhum problema específico, nenhuma atitude do presidente. O Paulo Guedes tentou trazer ele para outra pasta mas por conta da pandemia não conseguiu focar nisso", comentou. 

O ministro chegou a afirmar que indicaria o secretário para assumir o Conselho Fiscal da República, que seria criado após a criação do novo pacto federativo pelo Congresso. Mas, com a chegada da pandemia, o assunto saiu de pauta e não tem previsão para voltar. "Ele é considerado um cara 'pé no chão', que protege o patrimônio público, não gastar mais do que recebe. Nessa situação, imagina o quanto é preciso uma pessoa dessa, uma figura como ele é extremamente necessária", avaliou Rocco.

O Ibovespa Futuro já registra 3% de queda na manhã desta segunda-feira, 15, primeiro dia de operação no mercado financeiro após a notícia do pedido de demissão de Mansueto.