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Salvaro defende soluções no Complexo Jorge Lacerda: "não deixar acontecer o que aconteceu com a Ford"

Prefeito foi uma das lideranças políticas regionais em reunião na quarta-feira com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque

Por Heitor Araujo Criciúma, SC, 14/01/2021 - 08:35 Atualizado em 14/01/2021 - 08:35
Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (Foto: Divulgação)
Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (Foto: Divulgação)

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Seguem mobilizadas as lideranças políticas e empresariais do Sul catarinense para assegurar a manutenção do funcionamento do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Capivari de Baixo. Na quarta-feira, 13, houve uma reunião em Brasília com o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, na continuidade das tratativas para buscar soluções à empresa Engie, multinacional da energia, que já anunciou a saída gradativa da administração das usinas a carvão.

Quem esteve na reunião foi o prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro. Ele falou com a Rádio Som Maior na manhã desta quinta. Salvaro destacou que saiu com uma impressão positiva do encontro na capital federal.

"O ministro já havia determinado a criação de um grupo de trabalho para em até 180 dias apresentar uma solução. Todas as lideranças de Santa Catarina estão mobilizadas para o setor não ser desativado. Saio da reunião com a impressão de que encontraremos a solução para esse caso", declarou Salvaro.

O prefeito de Criciúma destacou a união das lideranças políticas na busca por soluções para o Complexo Jorge Lacerda, que emprega diretamente aproximadamente 1,5 mil pessoas e, estima-se, mais 20 mil pessoas indiretamente.

"O grupo (formado pelo ministro) vai apresentar várias alternativas, mas a decisão é política, por isso o envolvimento de tantas lideranças, até para não deixar acontecer na região Sul o que aconteceu com a Ford (que anunciou o fechamento das três fábricas no Brasil recentemente)", salientou Salvaro.

Privatizado em 1997, o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda recebe praticamente todo o escoamento do carvão extraído na região, através da Ferrovia Tereza Cristina. As usinas operam desde a década de 1960, anteriormente administradas pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). 

Duas alternativas ao fechamento do Complexo em 2025 foram levantadas pelas lideranças políticas envolvidas no processo: a estatização ou a venda para outra empresa privada - o problema é que até agora não se apresentaram compradores. Além do impacto socioeconômico, fala-se sobre a recuperação do passivo ambiental deixado pela extração do carvão ao longo dos anos na Amrec. 

"O governo federal tem a responsabilidade porque ele começou a fazer a extração do carvão sem regulação. O Complexo pode fazer um fundo para recuperar essas áreas. Tem ação do MP com a ideia de manter o setor funcionando e criando esse fundo para a recuperação das áreas", ponderou Salvaro.

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