A reunião desta quinta-feira em Florianópolis, entre a direção da Casan e o prefeito Clésio Salvaro, não definiu ainda o futuro da relação entre a estatal e a prefeitura de Criciúma. Mas avançou um passo. Está marcada para o dia 14 de março uma nova reunião.
“A proposta está mantida, a água de Criciúma é cara, a taxa do esgoto é cara, ela é uma concessionária, o município é o poder concedente, esperamos que no dia 14 a Casan venha com a proposta e que atenda os interesses da cidade. Não atendendo os interesses, vamos criar a nossa agência própria, o Samae, e vamos nós mesmos executar o serviço”, reafirmou Salvaro, em entrevista à Rádio Som Maior.
O prefeito reiterou a proposta, de redução dos 100% para 60% sobre a taxa de água para a cobrança do esgoto, bem como os royalties de 7% sobre o faturamento da Casan em Criciúma de retorno para o município. “Os serão para investir em saneamento básico. Eles apresentaram proposta de 5% de royalties e nada de desconto. Não aceitamos e, diante da negativa, vamos romper. Ela pediu para flexibilizar, flexibilizamos até o dia 14, não vamos radicalizar”, destacou.
Salvaro lembrou que a Procuradoria do município já está estudando formatos de rompimento. “Se vai ser por via judicial ou por decreto administrativo. Mas o dia 14 é o prazo final, ou a Casan continua e atende os interesses ou a Casan cai fora e em provável parceria com outros municípios vamos criar o consórcio regional e cada município o seu Samae. Não queremos romper, queremos é que seja reduzida a taxa do esgoto e depois também a tarifa da água, que está muito acima daquilo que é cobrado em municípios onde os próprios fazem a gestão”, concluiu.
Ouça abaixo a entrevista do prefeito Clésio Salvaro ao Ponto Final.