Mesmo com o número de casos confirmados de coronavírus em Criciúma chegando à 28, o terceiro maior de toda Santa Catarina, o Hospital São José ainda não está com grandes dificuldades na questão de atendimento de pacientes. O hospital vem trabalhando com uma série de medidas preventivas, a fim de garantir a liberação de leitos e a saúde de seus trabalhadores.
Com as cirurgias eletivas paradas, o hospital está preparado prioritariamente para o atendimento de pacientes com o COVID-19, com espaços exclusivos para isso. “Hoje estamos com a metade da ocupação e metade do quantitativo de leitos vagos reservados para esse atendimento. Foi com isso que ganhamos fôlego”, comentou o diretor técnico do São José, Raphael Elias Farias.
Mesmo com algumas baixas de funcionários, o São José segue conseguindo realizar normalmente os serviços que estão sendo oferecidos. Apesar disso, um aumento exponencial no número de casos pode implicar em maiores dificuldades para o hospital. “Se houver um aumento no número de pacientes internados, conforme estamos projetando, com as pessoas já voltando a ativa, teremos que recorrer ao próprio gestor municipal”, pontuou Raphael.
A preocupação com a saúde dos funcionários também é uma das grandes preocupações do hospital, que oferece todo o Equipamento de Proteção Individual (EPI) necessário para todos os trabalhadores. Além disso, psicólogos também ficam a disposição dos profissionais, que estão diariamente lidando com uma doença de cura ainda desconhecida.
“O profissional de saúde também tem suas angústias e seus medos. Tanto a equipe médica quanto de enfermagem estão no fronte dos atendimentos, as essas também possuem famílias e temos uma preocupação com os nossos familiares”, ressaltou o diretor.
Flexibilização do isolamento
Para o diretor técnico do hospital, a flexibilização do isolamento poderá trazer impactos significativos que não serão vistos imediatamente no estado - mas sim daqui há algumas semanas. “Como médico e sabendo das medidas sociais eficazes, a nossa preocupação é que esse maior fluxo de pessoas nas ruas possa trazer um impacto de maior número de casos, o que não vai acontecer essa semana ou na semana que vem. É um impacto que iremos colher em três ou quatro semanas”, concluiu.