O Movimento de Bairros de Criciúma completa 60 anos de fundação em 2023. Em 15 de fevereiro de 1963, foi fundada a Sociedade Amigos e Moradores do Bairro, no São Cristóvão, a 1ª organização comunitária da cidade. Atualmente, segundo Andreia Zomer, presidente da União das Associações de Bairros de Criciúma, são 119 associações, porém apenas mais de 60 são registradas.
“Não foi feito mais atualizações, hoje tem muito por causa do loteamento que vem abrindo, temos o exemplo do bairro Ana Maria que temos a Associação do bairro, do loteamento Vida Nova e do Girassóis, que as três são do mesmo bairro mas vai se dividindo por conta das necessidades”, explica Andreia.
As preocupações, atualmente, são as mesmas de quando teve a fundação: saúde, água e iluminação. “Por mais que o tempo passe, e as gerações mudam, as necessidades continuam as mesmas porque são as básicas do ser humano. Lutar por essas coisas, que sempre vão ser pautas das comunidades organizadas”, ressalta a presidente.
Rodeval José Alves fez parte da primeira sociedade de amigos, em 1963. Ele foi secretário e explicou que com 19 anos e a preocupação com a vida comunitária, além do desprezo dos bairros, decidiram ir até Porto Alegre porque lá funcionava o movimento e, com essa inspiração, surgiu a primeira associação. O passo inicial foi fazer uma reunião com o prefeito de Criciúma à época, Nery Rosa.
“Tínhamos preocupações da época que eram energia da casa, extensão de redes e iluminação pública. Era difícil ter essa extensão na época, hoje em dia é mais fácil", diz Alves.
Uma das lutas que Alves fez parte, foi a criação de uma Faculdade de Serviços Sociais em Criciúma. “Se prontificaram a ir em Florianópolis falar com o reitor da Udesc, Celestino Sachet, e ele explicou que não daria por conta de recursos, mas que ajudaria o máximo possível, estávamos procurando alternativas até que Ruy Hülse promulgou a lei que criava a Fundação Universitária de Criciúma”, completa.