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SC sai na frente e realiza pesquisa sobre a presença de agrotóxicos nos alimentos

Anvisa, órgão nacional, está há três anos sem promover as análises. Santa Catarina, por meio da Cidasc, faz relatório periodicamente

Por Roberta Martins Santa Catarina, 07/06/2022 - 17:41 Atualizado em 07/06/2022 - 18:14
Foto: Arquivo/ 4oito
Foto: Arquivo/ 4oito

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) completou três anos sem divulgar os resultados das análises sobre a presença de agrotóxicos nos alimentos do Brasil. Uma das principais causas foi a pandemia, que dificultou a coleta de dados para realizar a pesquisa. Em Santa Catarina, o cenário é diferente, isso porque, o Programa Estadual de Controle de Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos, da Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), realiza coletas dentro do estado. 

O programa está sendo executado desde 2010 e, primeiramente, foi feito em parceria com o Ministério Público. A partir de 2019, passou a ser idealizado com auxílio de recursos do executivo do Estado, no qual, anualmente, é coletado mais de 800 amostras de produtos de origem vegetal, seja no comércio ou na agricultura. Segundo o engenheiro agrônomo e gestor da Divisão de Fiscalização de Insumos Agrícolas da Cidasc, Matheus Fraga, é feito uma monitoração com 281 ingredientes ativos com diferentes agrotóxicos.  

 “Só para ter uma noção, quando iniciamos o programa, o índice de inconformidade era de 35%, hoje o índice está beirando a casa dos 10%. Ainda temos desafios pela frente, mas o próprio indicador já demonstra que houve uma evolução muito grande nos alimentos comercializados e consumidos no nosso estado em relação ao uso de agrotóxicos. O programa tem trazido bons resultados, o que tem deixado os consumidores catarinenses seguros com relação os alimentos que eles têm consumido”, comenta o engenheiro agrônomo.  

Quando é encontrado um alimento que apresenta inconformidade, se abre uma investigação para apurar de onde veio o produto.  “É uma dificuldade do próprio programa conseguir interditar e apreender esses produtos, pois às vezes, ele é perecível e já foi consumido pelo consumidor”, destaca Fraga.  

Quando é possível identificar o produtor rural, é feito uma fiscalização pelas propriedades rurais e, caso seja confirme o uso irregular de agrotóxicos, o agricultor é multado. Em casos em que não é possível identificar o produtor rural, o detentor do produto é responsabilizado pela qualidade de alimento que está comercializando. 

“O modelo agrícola atual que a gente adota exige uso de determinados insumos, alguns desses insumos são os agrotóxicos. Mas, a população deve ficar tranquila porque se os agrotóxicos utilizados de acordo com as normas e regras aprovadas pelos órgãos federais, os quais fazem estudos sobre os agrotóxicos, há um nível de segurança que garante a população não vai ser colocada em risco”, finaliza o gestor da Fiscalização de Insumos Agrícolas.  

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