Santa Catarina retomou a condição de estado brasileiro com o menor desemprego. No último trimestre de 2023, a taxa de desocupação chegou a 3,2%. Isso significa que cerca de 134 mil catarinenses estavam em busca de trabalho no fim do ano passado. No trimestre anterior, a taxa era de 3,6%, a terceira menor do país, e havia 147 mil desempregados.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira (16). O IBGE considera desempregado apenas quem está efetivamente em busca de uma ocupação. Assim, uma pessoa que escolhe estar sem emprego, por exemplo, não está nesta estatística. O IBGE considera que a variação de 3,6% para 3,2% representa uma situação de estabilidade.
Renda aumentou
Na comparação com o mesmo trimestre de 2022, a taxa permaneceu a mesma. Uma melhora foi observada no rendimento médio habitual do trabalhador catarinense, que chegou a R$ 3.403, um incremento de 3,3% em termos reais em relação ao quarto trimestre do ano anterior. É a quarta renda média mais alta do Brasil.
Santa Catarina também renovou o recorde da massa de rendimento total dos trabalhadores, que passou de R$ 13,6 bilhões por mês, o maior valor da série histórica, iniciada em 2012.
A distribuição dessa renda também é a mais igualitária do país. O índice Gini, que mede a desigualdade de renda, fechou em 0,403 no trimestre. O indicador varia de zero (cenário de igualdade total na distribuição de renda) a um (cenário em que apenas um indivíduo concentra toda a renda).
Além da desocupação, existe também a taxa de desalento, ou seja, das pessoas que estão desempregadas, tentaram procurar emprego e desistiram. Em Santa Catarina, essa taxa é de 0,4%, também a menor do Brasil. São menos de 16 mil pessoas nessa condição.