Assim como todas as escolas de Santa Catarina, o Colégio Marista também está sem aulas presenciais desde o primeiro decreto de suspensão de atividades do governador Carlos Moisés, anunciado em 17 de março. Com aulas onlines diárias desde então para o ensino Fundamental e Médio, o colégio vem negociando as mensalidades individualmente com cada família.
“Nós priorizamos manter todos os contratos vigentes com os pais, independente da situação financeira. Busca-se hoje uma negociação individual com cada família e fizemos um posicionamento sobre os descontos de mensalidade de forma linear para cada segmento. Cada segmento tem um valor de percentual de descontos”, comentou o diretor da escola, Adriano Brollo.
Além disso, antes mesmo do pedido do Ministério Público às escolas particulares, o Marista já vem suspendendo as cobranças acessórias referentes a atividades que os alunos desenvolviam dentro da instituição. O valor da natação, Marista Idiomas e ensino integral foram suspensos. “Estamos cobrando apenas o ensino regular”, diz Brollo.
A escola vem apresentando diversos canais de comunicação para que as famílias possam tirar dúvidas em relação ao ensino e negociar a questão da mensalidade. Nos primeiros anos de ensino não obrigatório, o colégio vem deixando livre a escolha do responsável. “Por não precisar apresentar transferências, já que não é obrigatório, alguns já cancelaram o contrato por questões de deixar o filho em casa”, disse o diretor.
O Marista teve que reformular todo o seu calendário de atividades, mesmo seguindo com as aulas online. A previsão de retorno, a princípio, fica para o primeiro dia de junho, mas Brollo não descarta a possibilidade de um novo adiamento. “Fizemos um calendário com cenário otimista para retorno em junho, e vamos aguardar as orientações dos órgãos oficiais se o cenário mudar ou não”, comentou.
Até o momento, já houveram 50 cancelamentos de matrículas referentes à alunos da educação infantil do colégio, e somente uma transferência de um aluno do ensino fundamental para uma escola pública. No bairro Renascer, onde a escola também atua com o ensino regular, está sendo realizado um processo de atividades diferente - adequados à realidade da comunidade.
“Lá as crianças vão até as escolas, retiram as atividades, os professores orientam sobre o que se tem que fazer e elas devolvem as atividades a cada uma semana ou uma quinzena”, explicou Adriano.