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Sem greve, plásticos chamam movimento estadual

Sindicato dos trabalhadores decidirá em reunião qual a estratégia a seguir na negociação coletiva

Por Bruna Borges Criciúma, 15/09/2018 - 09:35
Divulgação
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O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Plásticas, Químicas e Farmacêuticas de Criciúma e Região convocou para segunda-feira uma reunião com lideranças sindicais regionais e estaduais. O tema a ser tratado é como os representantes da classe laboral agirão em relação aos últimos acontecimentos ocorridos em sua negociação coletiva.

Na última segunda-feira, os trabalhadores iniciaram um movimento de greve em uma empresa de Içara, mas suspenderam a paralisação algumas horas depois. Eles alegam que foram recebidos por seguranças armados e que os funcionários foram obrigados a trabalhar. 

“Foi muito complicado, nós vimos que a Polícia Militar deu apoio para os empresários e não para os empregados. Nós percebemos que é preciso fazer uma organização muito bem articulada para enfrentar essa situação e chamamos lideranças, como o nosso presidente estadual, e também de outros setores, como os mineiros, para avaliar o que faremos a partir de segunda-feira”, afirma o presidente do sindicato laboral, Carlos de Cordes.

Por enquanto, os trabalhadores permanecem em estado de greve. “Desde quarta-feira nós decidimos não paralisar mais nenhuma empresa e nos reorganizar. A greve não está descartada, o estado de greve permanece, mas vamos discutir qual a melhor estratégia a partir de agora”, declara de Cordes. 

União no patronal

A negociação coletiva do setor de plásticos e descartáveis também resultou em movimentação de união de forças na classe patronal. Na última quarta-feira, 10 sindicatos empresariais emitiram uma nota demonstrando preocupação com a situação e com o episódio ocorrido em Içara.

De acordo com os empresários, a violência partiu do sindicato laboral e a escolta aos empregados da empresa foi feita com o consenso dos trabalhadores que não aderiram ao movimento grevista. 

Na nota, os patrões afirmaram que o acontecimento de segunda-feira foi uma “Tentativa vã de puro condicionamento que se constituem em grave e intolerável manifestação, que ameaça a própria negociação coletiva e o desenvolvimento econômico”. 


 

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