Duas estruturas importantes para a saúde coletiva na região do Bairro São Sebastião permanecem desativadas. A primeira, o centro regional de referência e estudos para a recuperação de dependentes químicos infantojuvenis, construído em 2016, está em fase de encaminhamento para a abertura dos serviços, enquanto que a segunda, a Unidade Básica de Saúde (UBS), foi interditada após incêndio no dia 28 de outubro. Os dois prédios seguem sem previsão de funcionamento.
Faltam recursos para o centro
A abertura do centro de referência segue pendente desde 2017 quando, por falta de recursos, a Administração Municipal optou por não repassar os R$ 25 mil mensais definidos anteriormente.
Em março deste ano, os vereadores da Comissão de Educação e Saúde buscaram informações com a Prefeitura sobre o motivo que levou a Organização Social (OS) selecionada ainda em 2016 para gerir o espaço não ter assumido suas funções. “Nos disseram que não repassariam nada, então estamos tentando ver como será que o centro poderá funcionar”, analisou o presidente da Comissão de Saúde Paulo Ferrarezi. “Há um projeto em análise que poderia disponibilizar os serviços à população sem o auxílio da Prefeitura, mas não sabemos de que maneira isso seria desenrolado e posto em prática”, completou o vereador.
Entretanto, uma reunião marcada para a próxima segunda-feira, dia 12, discutirá o caso. A secretária de Saúde, Francielle Lazzarin Gava, acredita que a questão será resolvida. “Ainda é cedo para dizer que o centro vai funcionar 100%, mas vamos acertar todos os detalhes com a OS e buscar o melhor para a comunidade”, pontuou.
Inutilizado pelas chamas
Outro problema no São Sebastião, o incêndio na UBS deixou mais de 6,5 mil pacientes sem uma opção próxima de suas casas. Porém, diferente do centro de recuperação, a falta da unidade pode ser resolvida com maior antecedência. A maioria utiliza, atualmente, a unidade de saúde do Bairro São Defende. Entretanto, os moradores dos loteamentos Divino, Parque dos Girassóis, Condomínio Jardim União e Residencial Santa Luzia foram orientados pela Secretaria de Saúde para que procurem a UBS da Vila Belmiro.
O posto depende de vistoria por parte da seguradora contratada e ainda não tem data para voltar a funcionar. “O Banco do Brasil sinalizou que liberará o recurso mas não temos como saber qual o valor necessário sem vistoria”, explicou Francielle. Há um projeto do município junto ao Governo Federal para transformar a UBS do São Sebastião em porte 2, ampliando serviços.