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Sem rematrícula para municípios vizinhos

Mais de 300 alunos de Forquilhinha e Içara sairão de escolas de Criciúma

Por Fagner Santos Criciúma, SC, 27/10/2018 - 08:41
Escola Jorge da Cunha Carneiro, no bairro Brasília / Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo
Escola Jorge da Cunha Carneiro, no bairro Brasília / Foto: Daniel Búrigo / A Tribuna / Arquivo

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Mais de 300 alunos de quatro escolas da rede municipal de educação de Criciúma terão a rematrícula negada para o ano letivo de 2019. Moradores dos municípios vizinhos Içara e Forquilhinha, os estudantes foram aconselhados a procurarem unidades educacionais dentro de seus municípios de origem. As escolas de educação infantil e fundamental Jorge da Cunha Carneiro, no bairro Brasília, Ubaldina Rocha Guedin, na Linha Anta, Judite Duarte de Oliveira, no Sangão, e Antônio Minotto, no São Roque, são as unidades que possuem os alunos matriculados.

Busca pela legalidade

A decisão, confirmada em reunião entre o prefeito Clesio Salvaro e a secretária de Educação de Criciúma, Roseli de Lucca Pizzolo, na última quinta-feira, é baseada na ideia de legalizar a gestão da educação no município. “Observamos casos em outras localidades, onde o Ministério Público acabou barrando a rematrícula para alunos que moravam fora dos limites do município”, disse Roseli. “Também conversamos com as secretárias de Educação de Forquilhinha e Içara e explicamos a situação. Ambas concordaram em realocar os alunos”, esclareceu. 

Todas as unidades escolares são nos limites entre Criciúma e Forquilhinha ou Içara, porém apenas a Jorge da Cunha Carneiro apresenta déficit de vagas para alunos criciumenses. “Nas outras três escolas, não faltam vagas, mas o custo para alunos de outros municípios acaba sendo arcado por Criciúma, que recebe apenas 50% de auxílio da União para cada aluno”, explica a secretária. Durante o ano letivo, R$ 8 mil são gastos por aluno, sendo R$ 4 mil pagos pela Prefeitura e o restante pelo Governo Federal. 

Içara tem vagas

“Nós temos vagas para suprir a necessidade destes estudantes que procuram escolas em Criciúma”, afirmou a secretária de Educação, Ciência e Tecnologia de Içara, Gerusa Bolsoni. O mais comum, de acordo com a responsável pela pasta, é que pais de alunos próximos do limite com Criciúma busquem escolas na sua rota de trabalho. “Também acontece de preferirem uma unidade que atenda até o 9º ano, enquanto o atendimento aos alunos em uma das unidades próximas ao Jorge da Cunha Carneiro disponibiliza aulas até o 5º ano”, complementou Gerusa. 

Para que o aluno possa cursar a partir do 6º ano em Içara, deverá se deslocar até a escola Tranquillo Pizzeti, no bairro Nossa Senhora da Salete. A Prefeitura oferece transporte gratuito. Em Içara, o valor gasto por aluno no ano letivo fica próximo dos R$ 11 mil, enquanto o município também recebe apenas R$ 4 mil do Governo Federal.  

Em Forquilhinha, sob análise

A Secretaria de Educação vai realizar um estudo para realocar os quase 150 alunos do Município de Forquilhinha que, atualmente, estão matriculados em Criciúma. “Temos vagas para todos os estudantes, e estamos tentando inseri-los em unidades próximas das suas residências”, esclareceu a responsável pela pasta, Sônia Regina Gonçalves. “Entendemos a necessidade de Criciúma em tomar essa iniciativa, e vamos fazer o melhor para que os estudantes sejam afetados o mínimo possível”, completou. O município também recebe R$ 4 mil anuais da União para despesas de cada aluno, mas o gasto total não foi informado. 

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