O condutor da Operação Lava Jato, o juiz federal Sérgio Moro, aceitou o convite de Jair Bolsonaro e será ministro da Justiça. A reunião para acertar os últimos detalhes durou 1h30, realizada na residência do presidente eleito. Quando saia, até tentou falar com a imprensa, mas devido ao tumulto não foi possível. Moro divulgou um comunicado sobre o assunto. Veja a nota na íntegra:
"Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior. A Operação Lava Jato seguira em Curitiba com os valorosos juízes locais. De todo modo, para evitar controvérsias desnecessárias, devo desde logo afastar-me de novas audiências. Na próxima semana, concederei entrevista coletiva com maiores detalhes", diz o texto assinado pelo futuro ministro.
A pasta da Justiça será maior, juntando as estruturas de Justiça, Segurança Pública, Controladoria-Geral da União e Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras), este último atualmente ao Ministério da Fazenda.