Após reprovarem por unanimidade a proposta de reajuste salarial encaminhada pelo Poder Executivo ao Legislativo, os servidores públicos de Criciúma decidiram pela paralisação nesta quinta-feira (11). A decisão veio após reunião em assembleia realizada na noite dessa terça-feira (9).
De acordo com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Criciúma (SISERP), Jucélia Vargas, a categoria quer reposição das perdas salariais. E que o piso do magistério hoje está 30% abaixo e demais servidores têm perdas maiores do que 15%. "Estamos a um mês em processo de negociação e o governo infelizmente não nos encaminhou a proposta, foi direto a Câmara de Vereadores novamente que uma boa parte dos vereadores também estão contrários a essa pauta", explica. "A proposta do governo é totalmente indecente para os servidores", complementa.
A proposta do Executivo foi de 4,36% que seria a inflação, como ficou o repasse de 10,25% do ano passado para os servidores, somando daria 14,61% . Isso daria uma perda de mais de R$ 200 por mês para as pessoas que recebem o menor salário. "O salário que iria para R$ 1522 vai para R$ 1320, exatamente o salário mínimo, os servidores de janeiro até aqui estão recebendo menos que o salário mínimo porque não foi feito o repasse do ano passado", diz Jucélía.
Conforme o secretário da Fazenda, Vagner Espíndola, a informação que o municipio não conversou com o sindicato não é verdadeira. "Nós sentamos pelo menos três vezes, a primeira delas para receber a proposta que o sindicato nos fez, estava na mesa o Arleu da Silveira, secretário-geral, a Ana Cristina Soares Flores procuradora da prefeitura. Dessa proposta que nos encaminharam, trouxemos para a mesa de discussão e o que dissemos desde a primeira proposta foi o que iriamos apresentar de proposta era a certeza de que a cada 1º de cada mês, o salário que fosse apresentado estaria na conta do servidor sem um dia de atraso", explica.
"Essa fala foi minha junto com o sindicato foi que nós também não podemos pensar fora da realidade de todos os outros municípios principalmente pela forma como a arrecadação dos municípios vem se comportando, para ter uma ideia, no primeiro quadrimestre do ano de 2023, as nossas principais receitas tiveram um decréscimo de 2%, os primeiros dez dias o FPM (Fundo de Participação dos Municípios) veio 4,5% menor", diz o secretário.