Um dos setores que mais sofreram com as restrições impostas em decorrência da Covid-19, os serviços seguem em trajetória crescente e já acumulam alta de 9,5% em 2022 na comparação com o mesmo período de 2021, segundo pesquisa mensal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) com dados até abril. Com esse resultado, o setor está 7,2% acima do nível pré-pandemia, de fevereiro de 2020.
Essa recuperação tem impacto também sobre a geração de empregos com carteira assinada, com o setor sendo o responsável pela maior parte das novas vagas abertas no país – 658.112 das 1.051.503 criadas entre janeiro e maio, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgados nessa terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
A tendência é verificada também em Santa Catarina, onde o setor adicionou 38.805 vagas no período, do total de 74.674 acrescentadas. Considerando os 12 municípios, a Região Carbonífera acumula saldo positivo de 4.471 empregos formais nos cinco primeiros meses do ano, dos quais, 3.024 foram gerados pelo setor de serviços.
"O crescimento do setor de serviços, em volume e geração de empregos, impacta positivamente na economia com um todo. É preciso destacar também que, na nossa região, dos cinco principais setores econômicos, três apresentam saldo positivo de empregos no acumulado do ano", ressalta o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Valcir José Zanette.
Além do setor de serviços, a indústria acrescentou 1.221 postos de trabalho formalizado na região entre janeiro e maio e a construção contribuiu com mais 331. Já a agropecuária perdeu 51 vagas no período e o comércio fechou 54.
Foto: Divulgação/Acic
Estoque
Na soma, os 12 municípios da Amrec contam com 145.504 pessoas trabalhando com carteira assinada e o maior volume está na indústria, que possui estoque de 60.538 empregos. No setor de serviços está o segundo maior contingente de profissionais com registro em carteira: 47.688. O comércio dispõe de 29.515 vagas formalizadas e ocupadas, a construção tem 7.103 e a agropecuária, 660.
O número de trabalhadores formais equivale a 32,56% dos 446.902 habitantes da região. No Estado, esse índice chega a 31,85%, enquanto no país está em 19,56%.
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