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Sindicalistas dizem: não há motivo para comemoração no 1º de maio

Eles lamentam reflexos negativos que a pandemia tem gerado aos trabalhadores

Por Redação Criciúma, SC, 30/04/2020 - 20:03
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Mais um dia do trabalhador, porém em meio a uma pandemia, onde os desafios são ainda maiores, o que para muitos sindicalistas faz com que a data não seja de comemoração.

Para o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Ceramistas e da Construção Civil, Itaci de Sá, a  economia vive uma grave crise com a pandemia e os mais atingidos são os trabalhadores com a perda de trabalho, de renda e de suas próprias vidas. "Analiso este cenário em três aspectos: as medidas provisórias editadas pelo Governo Federal com a suspensão de contrato de trabalho  reduzindo drasticamente os salários e  atingiu as férias e o 13° salário. A redução da jornada e dos salários e perda dos  empregos  como deve ocorrer no setor ceramista e demais. 

Ele disse ainda que os ceramistas fizeram um acordo que valeu até essa quinta-feira, 30, visando a manutenção dos empregos. “Porém, já sabemos que 70 demissões diretas estão vindo  por aí e vem mais. Esperamos uma melhoria em todos os setores até o final do ano. Esta é a nossa esperança neste dia", fala Itaci. 

O diretor de comunicação do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e região, Célio Elias, avalia que além das perdas de direitos e salários, os trabalhadores vivem um outro drama em tempos de pandemia, destacando as agroindústrias. “As contaminações se espalham nas diversas indústrias da carne no Brasil. Na JBS  de Passo Fundo, fechada em ação impetratada pelo  Ministério Público do Trabalho, quatro parentes de funcionários vieram a óbito e 27 estão contaminados e, em Nova Veneza,  dois trabalhadores estão com Covid-19.  Existem casos de contaminação nos três estados do Sul e Mato Grosso em outros frigoríficos.  O processamento de carnes é necessário e sabemos disso, mas não  colocando  as vidas em risco em um espaço confinado altamente contagioso. A indústria precisa urgente fazer rodízio em pelo menos 40% dos trabalhadores e  o afastamento de cerca de 2 metros um do outro para reduzir o impacto da pandemia”, diz.

Com relação aos bancários, a presidente do sindicato, Dirceia de Mello Locatelli, lembra da história de lutas, conquistas e resistência no mundo dos trabalhadores. "Eles correm  riscos de contaminação pela população e  pedimos e cobramos segurança das agências e os cuidados dos bancários”, pontua.
 

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