O processo de sindicância em Urussanga sobre suposto fura-filas na vacinação contra a Covid-19 apurou que não houve irregularidades. A sindicância foi instaurada pelo prefeito interino Jair Nandi (PSD), em 21 de maio, após áudios da secretária de saúde, Ingrid Zanellato, falando sobre pessoas não prioritárias que tinham recebido o imunizante serem vazados. De acordo com Nandi, o relatório das apurações da investigação teve 540 páginas e não identificou indícios de que houve o fura-filas. Nandi explicou que a sindicância comparou todos os nomes que foram vacinados durante o período em questão e todos os dados disponíveis, onde foi concluído que não houve irregularidades, e sim equívocos da própria equipe em geral ao colocar os nomes dos vacinados no sistema.
O Ministério Público de Santa Catarina também apura paralelamente o caso. A investigação ainda segue em segredo no MP, mas a prefeitura de Urussanga também apresentará todo o relatório da sindicância ao órgão estadual. O prefeito interino esclareceu que a sindicância foi formada por pessoas e agentes públicos, que foram responsáveis por averiguar todas as informações durante os 60 dias do processo investigativo. Foi observado que houve a chamada “chepa”, ou seja, com medo das doses serem desperdiçadas, a equipe de saúde vacinou pessoas fora do grupo prioritário com as doses dos frascos que estavam abertos após o horário limite do atendimento, já que após o frasco ser aberto, o mesmo possui cerca de oito horas de validade. A “chepa” também é recomendação do Plano Nacional de Vacinação que diz que é necessário vacinar e não desperdiçar as vacinas.