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Sindicato dos Mineiros posiciona-se contra recuperação judicial da Carbonífera Criciúma

Djonatan Elias, sindicalista de Criciúma, manifestou-se em solidariedade aos mineiros credores da empresa

Por Heitor Araujo Criciúma, SC, 05/02/2021 - 15:19 Atualizado em 05/02/2021 - 15:26
Foto: Arquivo / 4oito
Foto: Arquivo / 4oito

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O Sindicato dos Mineiros de Criciúma manifestou-se a favor dos mineiros que têm verbas a receber da Carbonífera Criciúma, em expectativa de recuperação judicial ou decreto de falência da empresa. Uma assembleia será realizada em abril, com os credores e representantes da carbonífera. O presidente da força sindical de Criciúma, Djonatan Elias, compartilhou um áudio em solidariedade aos trabalhadores e aconselhando os mineiros credores a votarem contra o processo de recuperação judicial.

Elias falou em "um novo golpe" sobre a possibilidade de a Carbonífera Criciúma entrar em um processo de recuperação judicial. "Eu orientaria pela não recuperação judicial. Oriento que todos os trabalhadores devem se comunicar e devem ir nessa assembleia. Não faltem",  disparou o presidente do Sindicato de Criciúma.

A Carbonífera Criciúma não é da zona de abrangência do Sindicato da cidade. A manifestação de Elias partiu pelo entendimento do sindicalista de que é "um movimento de união de todos os trabalhadores e de dar apoio nessa hora. O sindicato dos mineiros de Criciúma dá total apoio para essa manifestação".

Elias chamou a atenção para a possibilidade de desbloqueio de bens da Carbonífera caso seja aprovado o processo de recuperação judicial e não o decreto de falência, como havia sido determinado pela justiça em 2019, mas revertido pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina na última quinta-feira.

"Dentro do pedido de recuperação judicial da Carbonífera, está o pedido também de que os bens bloqueados para pagamentos de verbas trabalhistas. Se autorizarem a recuperação judicial, esses bens ficam disponíveis para a carbonífera fazer o que bem entender. Acho que vocês deveriam tomar cuidado nessa decisão para não cair em um novo golpe", disse Elias. "O golpe está aí, cai quem quer", concluiu.

Ao programa Ponto Final da Rádio Som Maior, na quinta-feira, Leonardo Bacha, advogado da Carbonífera Criciúma, falou sobre a possibilidade de recuperação judicial da empresa. "A Carbonífera está inativa hoje, mas na Assembleia serão apresentadas alternativas de retomada, inclusive com recursos apropriados para isso. Os credores decidirão se é uma proposta válida ou não", disse Bacha.

Também no programa, o advogado que representa 300 trabalhadores da Carbonífera Criciúma falou sobre a decisão do TJSC que revogou o decreto de falência da empresa. Segundo Márcio Cechinel, o que foi feito pela empresa desde 2015 aos trabalhadores coloca em desconfiança a possibilidade de um processo de recuperação judicial. 

"Entendemos que a empresa está completamente inativa há praticamente seis anos. A lei que prevê a recuperação judicial das empresas é um benefício para as que estão em dificuldade financeira. Em contrapartida, exigem-se requisitos com a parte social, como a manutenção da atividade, dos empregos e o pagamento dos salários. Nada disso a Carbonífera tem feito, desde 2015", argumentou. 

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