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Necessitando enxugar os gastos para conseguir cumprir os compromissos, como folha de pagamento, os municípios vem cortando benefícios dos servidores públicos. Urussanga e Cocal do Sul adiaram o reajuste na folha de pagamento, Nova Veneza cortou a regência de classe, exemplificou a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais, Jucélia Vargas.
De acordo com a presidente, muito tem se falado em reduzir o salário do servidor, se tem a ideia que os servidores são aqueles que fazem pouco e ganham muito. "Tem que observar de quem estamos falando. A maioria do servidores são da área da saúde, segurança e estão no dia dia lidando com a pandemia", comentou a sindicalista.
Segundo Jucelia, os servidores estão desolados. "O Brasil está igual um carro desgovernado. Para o carro tomar uma decisão, precisamos de um motoristas. Em nível nacional, nossos governantes só se brigam em questões político-partidárias e não colocam a nação como algo importante. É necessário buscar alternativas, diálogar com empresários, buscar dinheiro", comentou. "Então os projetos vão sendo aqueles que é possivel retirar da classe trabalhadora, do servidor público", lamentou.
Com benefícios suspensos, os servidores continuam com o trabalho. "Eles estão colocando sua vida em risco, e mesmo aquele que não está lidando com isso agora, tem que estar bem para quando voltar. É um momento de angústia", afirmou Jucelia. Um estudo realizado pelo Sebrae traz a perspectiva que 406 mil trabalhadores do ramo privado de Santa Catarina já perderam o emprego por conta da crise ocasionada pela pandemia de coronavírus.
"O servidor público também é gente. Porque os governantes sempre buscam a parte mais fácil? Só reduzir salário e direito dos servidores? Isso consequentemente tem reflexo no serviço, no atendimento a população direta", desabafou a presidente do sindicato.
