Síndicos de diversos condomínios de Criciúma se mobilizam para cobrar da Casan explicações sobre a elevação dos valores cobrados nas faturas de água. O debate iniciou através de um grupo de Whatsapp que inicialmente, fala o síndico do Condomínio Núcleo Empresarial UNO, João Rafael Mafioletti Marcon, servia para troca de experiências e informações. “O pessoal acaba se mobilizando em outros assuntos. Começou justamente com outro fato envolvendo a Casan, sobre algumas exigências que ela vinha fazendo. A intenção do grupo é procurar a Casan para tratativas administrativas, porém, não obtendo resultados, procuraremos o Município e a Agência de Regulação de Serviços Públicos de Santa Catarina (Aresc ). Esperamos que lá consigamos algo. De qualquer forma, o grupo está decidido a ir a todas as instâncias, inclusive procurar a Promotoria de Direito do Consumidor da comarca e ajuizar ação para questionar o novo reajuste”, afirma.
Nesta nova mobilização, explica Marcon, cada síndico inclui no grupo a quantidade de unidades consumidoras de cada condomínio. Até a tarde desta quarta-feira, 20, 41 responsáveis por condomínios da cidade já haviam se manifestado, totalizando mais de 2,3 mil residências e cerca de sete mil pessoas, porém a intenção é chegar aos 110 condomínios. “Estamos em um terço do que acreditamos que chegaremos. Por baixo, o faturamento da Casan deve chegar a R$ 6 milhões”, revela.
Dois reajustes em cinco meses
Marcon cita dois motivos para a elevação dos valores nas faturas. Um deles é devido ao isolamento social, o que ocasiona a elevação no consumo. Mas o principal seriam os dois recentes reajustes. “Em novembro de 2019 já havia sido reajustado o valor da tarifa da Casan e um novo reajuste em abril de 2020”, aponta.
O síndico cita como exemplo um condomínio que a fatura aumentou R$ 9 mil devido ao aumento do consumo e ao aumento do valor da tarifa. A redação fez diversos contatos com a Casan para ouvir a sua versão dos fatos, porém sem sucesso.