O Tigre está entre os cinco times que ainda não sofreram gols nesta Série C. No Grupo B, tem a melhor defesa junto com o Botafogo de Ribeirão Preto, enquanto no Grupo A ainda não foram vazados Floresta, Ferroviário e Botafogo da Paraíba, que fez só um jogo na competição até o momento; o segundo será nesta segunda-feira, 7, às 20h contra o Paysandu.
Desde que Paulo Baier assumiu o time, o Tigre não foi vazado. O técnico aposta em uma marcação por encaixe e cobra muita intensidade nos treinamentos, desde o primeiro dia de trabalho. Quando assumiu o time, Baier falou que os jogadores têm que "sair com o calção sujo de barro e a camisa rasgada" de campo.
Um dos pilares defensivos do Tigre na temporada tem sido o lateral-esquerdo Hélder. Em coletiva concedida nesta segunda-feira, o experiente jogador de 32 anos falou sobre a mecânica do time que auxilia os defensores.
"É o conjunto. Converso bastante com os pontas, eles marcam muito, ajudam demais a parte defensiva. Isso dá resultados. Não estamos tomando gols e isso nos deixa mais próximos da vitória", comemorou o lateral.
Após o empate em 0 x 0 contra o São José no último domingo, o terceiro jogo sem tomar gols, Baier falou sobre a entrega dos homens de frente no auxílio do sistema defensivo. "O sistema geral é seguro, os jogadores compraram a ideia de um ajudar o outro. Eles estão correndo, conseguindo devagar resgatar o Criciúma que a gente gosta", avaliou o técnico.
Paulo Baier alternou o esquema tático na última partida, optando por um 4-4-2 losango para atacar o São José, mas com Dudu Figueiredo, meia-atacante, e Pedrinho, atacante, recuando nas pontas no momento defensivo. Nas primeiras partidas, o sistema era o 4-2-3-1, com os volantes alinhados e saindo pouco da posição no momento ofensivo.
Hélder falou sobre a cobrança de Baier aos laterais e a atenção cobrada no momento defensivo. "Por ter sido lateral, fazendo bastante gol na função, o Paulo (Baier) sempre passa para a gente ter o equilíbrio defensivo e quando tiver oportunidade chegar com qualidade no ataque. Dar o passe e o cruzamento bom", apontou o lateral-esquerdo.
"Hoje os laterais têm função muito importante dentro do time, do jogo. Temos que defender bem, a gente pega só bronca, os pontas que são os jogadores mais rápidos do outro time, mas temos que apoiar e dar as assistências", concluiu o defensor.
Na temporada, o Criciúma sofreu 11 gols em 16 partidas - dez no Catarinense e um na Copa do Brasil. Em oito partidas sob o comando de Hemerson Maria, foram oito gols sofridos em oito partidas; com Wilsão, em cinco jogos, foram três gols sofridos.
O próximo desafio do Tigre é contra o América Mineiro pela Copa do Brasil. Se não tomar gols, garante ao menos a disputa por pênaltis na Copa do Brasil, após empatar em 0 x 0 no Independência. A partida de volta é nesta quarta-feira, no estádio Heriberto Hülse, às 21h30.